Região
Outono deve ter chuvas isoladas e temperaturas mais altas nas cidades da região
Mínimas devem permanecer, na média, entre 18 e 20°C e máximas em torno de 31°C, de acordo com o Cepagri da Unicamp
Por Ana Carolina Leal
21 de março de 2023, às 07h15 • Última atualização em 21 de março de 2023, às 07h16
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/regiao/outono-deve-ter-chuvas-isoladas-e-temperaturas-mais-altas-nas-cidades-da-regiao-1927153/
O outono começou nesta segunda-feira (20), às 18h25, com pancadas de chuva na região. A previsão para a nova estação, no entanto, é de que seja mais seca, com chuvas esporádicas e isoladas, e sem mudanças expressivas na temperatura. As mínimas devem permanecer entre 18°C e 20°C e máximas em torno de 31°C, um pouco acima da climatologia para a época.
“Março já é considerado o primeiro mês do ‘Outono Meteorológico’, pois apesar de ainda ter um acumulado de chuvas mensal expressivo, e ainda compor a época chuvosa no sudeste brasileiro, apresenta temperaturas médias em declínio em comparação com o trimestre anterior”, afirma o meteorologista do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Bruno Kabke Bainy

A partir de abril, a expectativa é de que as temperaturas e os volumes de chuva caiam de forma mais expressiva. “As chuvas características de verão, pancadas e temporais, vão se tornando menos frequentes e a dependência das frentes frias para os eventos de chuva vai aumentando.”
A previsão para o trimestre – abril, maio e junho – é em geral de um período, em média, mais quente do que os valores de referência, possivelmente por conta da mudança de fase do fenômeno El Niño, que já se desconfigurou. Com isso, a tendência é de transição para o El Niño no 2º semestre, que geralmente ocasiona invernos mais quentes na região.
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FIM DO VERÃO. A estação mais quente do ano terminou nesta segunda com chuvas acima da média e temperaturas abaixo do esperado para o período, que começou em 21 de dezembro de 2022. “Em dezembro do ano passado e janeiro deste ano, as chuvas foram volumosas de forma generalizada em toda a região. Já em fevereiro, ocorreram de forma mais esparsa, ainda que com alguns eventos pontuais de chuva intensa e volumosa”, esclarece o meteorologista.
Para se ter uma ideia, a média climatológica (valor de referência) para região de Campinas, em dezembro, é de 209,1 milímetros. No mesmo mês, no ano passado, choveu 324,1 milímetros. O mesmo aconteceu com janeiro deste ano. A média climatológica para o período é 277,6 e foram registrados 380,74 milímetros de chuva.