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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Região

PIB da região de Campinas cresce 2,8% em 2022 puxado pelo setor de serviços

Resultado de 2022 acompanha crescimento no Estado, mas é menor em relação a 2021 e mostra queda da indústria

Por Ana Carolina Leal

29 de março de 2023, às 06h49 • Última atualização em 29 de março de 2023, às 07h49

O PIB (Produto Interno Bruto) da RA (Região Administrativa) de Campinas – que reúne 90 cidades, entre elas Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia – aumentou 2,8% no ano passado puxado pelo setor de serviços. O resultado acompanha o crescimento estadual, também de 2,8%, mas desacelera em relação a 2021, que registrou alta de 7,7%.

Os números foram divulgados nesta semana pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) e refletem a soma de todos os bens e serviços produzidos pela região.

De acordo com o economista do Observatório da PUC-Campinas, Paulo Oliveira, apesar de ter acompanhado o crescimento estadual e nacional (2,9%), a desaceleração do PIB da RA de Campinas foi mais forte do que outras áreas.

“Regiões menos industrializadas tiveram crescimento maior no período como Marília [5%], Itapeva [4,2%], São José do Rio Preto [4,5%], entre outras. Isto é reflexo do menor crescimento da indústria no período”, aponta Oliveira.

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Gerente da área de economia da Fundação Seade, Vagner Bessa afirma que Campinas sempre cresce à frente do Estado e desta vez cresceu na média.
“O ano de 2022 ainda é influenciado pela Covid porque os setores que mais cresceram foram os ligados ao segmento de serviço [os mais prejudicados na pandemia], que no ano passado teve alta de 4,7%, o que puxou o aumento do PIB”.

Por outro lado, a indústria caiu 1,5%. “A RA de Campinas é a região industrial mais importante do Estado de São Paulo. Quando é prejudicada, acaba sentindo mais que a média. E diferente das regiões de Marília, Bauru, Presidente Prudente, Ribeirão Preto e Franca, entre outras, que são dominadas pelo agronegócio, a de Campinas tem uma indústria muito diversificada, com automóveis, produtos têxteis, equipamentos, informática, refino de petróleo, uma série de atividades. Portanto, quando vai mal, é mais afetada”, explica.

MAIS ALTOS. De acordo com o PIB regional – que analisa o desempenho da economia nas 16 regiões administrativas do Estado –, as áreas paulistas que mais se destacaram em 2022 foram Marília (5%), Santos (4,8%), Bauru (4,6%) e Sorocaba (4,4%). Todas com crescimento bem acima do resultado do Estado (2,8%).

O PIB regional mostra ainda que a Região Metropolitana de São Paulo é a maior aglomeração do Estado, apresentando a maior participação no total do PIB paulista com 50,2%, seguida pelas regiões de Campinas, com 20%, e de São José dos Campos, com 5,6%.

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