25 de abril de 2024

Notícias em Americana e região

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Região

Pix facilitou, mas abriu brecha para golpes; saiba como se prevenir

Estudo feito pela Capco mostra que 66% dos entrevistados já usou o Pix para algum pagamento.

Por Marina Zanaki

07 de agosto de 2022, às 10h34 • Última atualização em 07 de agosto de 2022, às 10h36

Rogério Nunes de Freitas é o coordenador do curso de Segurança da Informação na Fatec - Foto: marcelo Rocha - Liberal.JPG

O Pix conquistou o brasileiro. Quase dois anos após sua criação, o Pix já superou em volume as transferências por TED e DOC. Estudo feito pela Capco, consultoria global do Grupo Wipro e divulgado em julho, mostra que 66% dos entrevistados já usou o Pix para algum pagamento.

A praticidade, a confirmação instantânea, a independência do horário de funcionamento dos bancos e a ausência de taxas quando a transferência envolve dois bancos diferentes são algumas das razões que fizeram com que o método de pagamento se consolidasse tão rapidamente.

Mas todas essas facilidades podem significar vulnerabilidade, e o Pix também se tornou o preferido dos golpes. Coordenador do curso de Segurança da Informação da Fatec (Faculdade Técnica) Americana, Rogério Nunes de Freitas deu dicas para usar o Pix com mais segurança.

A primeira delas tem a ver com a escolha da chave usada. “Não existe uma mais ou menos segura, mas cada chave é mais recomendada para algumas situações”, adiantou o professor.

As duas mais comuns são CPF e o número de telefone. Elas apresentam algumas vantagens – o CPF, por exemplo, não pode ser chave para duas contas diferentes. Já o celular tem a facilidade de ser um número muito à mão por conta do WhatsApp. Contudo, esses dois tipos de chaves informam dados pessoais. Eles são recomendados para transações mais formais, como pagamentos de salários e compras de alto valor.

O e-mail, por sua vez, tem a desvantagem de ser uma chave mais longa e que pode ser digitada incorretamente. Mas em alguns casos pode ser a melhor opção, como em locais que já possuem o e-mail cadastrado. A chave aleatória, por fim, é ideal quando o usuário não quer compartilhar dados pessoais. Rogério ponderou que essas duas chaves são as mais utilizadas em golpes envolvendo o Pix porque são mais fáceis de fraudar. “Quando cometem um crime, é muito comum usarem a chave aleatória do Pix ou um e-mail falso. Nunca vão utilizar por exemplo, um CPF para cometer um golpe, que pode ser rastreado”, afirmou o professor.

AUTENTICAÇÃO. A facilidade de fazer uma transferência por Pix mesmo fora do horário comercial tem sido usada por bandidos para aplicar golpes. Na região, têm sido registrados vários tipos de fraudes – as mais comuns são clonagens do número de WhatsApp e também a utilização da foto de contato de uma pessoa para se fazer passar por ela para amigos e familiares.

Em todos esses casos, os bandidos simulam um problema financeiro e pedem transferências via Pix. Há ainda situações de invasão de redes sociais e na publicação de anúncios falsos de venda de bens, também pedindo transferência por Pix.

A orientação de Rogério para se proteger desses crimes é configurar a autenticação em dois fatores no Instagram, Facebook e WhatsApp. Ele chamou a atenção especialmente para este último, líder nos casos de tentativas de golpes.

A autenticação de dois fatores pede, além da senha da rede social, a confirmação de um código enviado por SMS ou por e-mail. Já no WhatsApp, o usuário precisa informar uma senha de tempos em tempos para confirmar sua identidade. “Existem dicas, mas infelizmente nenhum sistema é 100% seguro”, declarou o professor. 

Evite cair em um golpe

  • Desconfie de pedidos de transferência por Pix após o horário de fechamento dos bancos
  • Quando algum conhecido enviar uma mensagem pedindo uma transferência, ligue para confirmar se é ele mesmo
  • Se algum número desconhecido se apresentar como um familiar ou amigo, alegando um problema no aparelho e pedindo uma transferência, desconfie
  • Nunca clique em links enviados por e-mail ou SMS de remetentes desconhecidos

Publicidade