Região
Preço dos medicamentos em todo País deve subir 5,6% a partir de sábado
Sindicato diz que percentual repõe inflação e aumento de custos de produção durante a pandemia
Por Ana Carolina Leal
30 de março de 2023, às 07h26
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/regiao/preco-dos-medicamentos-em-todo-pais-deve-subir-56-a-partir-de-sabado-1932110/
O preço dos remédios deve subir 5,6% em todo País, a partir deste sábado, segundo estimativa do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos). O reajuste é definido pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) e pode ser repassado pelas farmácias de uma vez ou ao longo do ano.
O LIBERAL ligou em algumas farmácias nesta quarta-feira e elas ainda aguardavam a confirmação pela Cmed do índice do reajuste. Se a previsão do sindicato for concretizada, antibióticos como amoxicilina (21 comprimidos de 500 mg) sairão dos atuais R$ 36,75 para R$ 38,80. Já o azitromicina, caixa com cinco comprimidos de 500 mg, passará de R$ 37,27 para R$ 39,35.

Quem precisa tomar remédios para hipertensão, por exemplo, terá que desembolsar entre R$ 0,90 a R$ 1,43 a mais a partir de abril, dependendo da medicação. Uma caixa com 30 comprimidos de 50 mg de losartana custa, hoje, R$ 16,35. Com o reajuste de 5,6%, passará a ser vendida por R$ 17,25. No caso do captopril, uma caixa também com 30 comprimidos de 50 mg subirá dos atuais R$ 25,42 para R$ 26,85.
De acordo com o Sindusfarma, o cálculo do reajuste leva em conta o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado em 12 meses até fevereiro de cada ano. O percentual, explica o sindicato, repõe as perdas com a inflação e os aumentos de custos de produção. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que a inflação acumulada no período de março do ano passado a fevereiro deste ano é de 5,6%.
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O ano passado, no entanto, foi atípico para a indústria farmacêutica, segundo o Sindusfarma. “Numa frente, os efeitos persistentes da pandemia de Covid-19 afetaram a produção e impulsionaram os preços dos insumos farmacêuticos ativos. Na outra, a guerra da Ucrânia manteve os gastos em patamares muito altos”.
Por isso, pontuou o sindicato, mesmo reajustando preços pelo índice autorizado ou sendo obrigadas a diminuir descontos em alguns produtos, várias indústrias farmacêuticas fecharam o balanço de 2022 com margens reduzidas.