Região
Prefeituras seguem Estado e deixam de exigir uso de máscara em espaços abertos
Americana, Santa Bárbara, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia também confirmaram flexibilização do uso da proteção contra Covid
Por Ana Carolina Leal
10 de março de 2022, às 07h50 • Última atualização em 10 de março de 2022, às 07h51
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/regiao/prefeituras-seguem-estado-e-deixam-de-exigir-uso-de-mascara-em-espacos-abertos-1728014/
Os cinco municípios da RPT (Região do Polo Têxtil) – Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia – decidiram seguir o governo estadual e retiraram a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre.
A nova regra começou a valer nesta quarta-feira (9), quando o governador de São Paulo, Joao Doria (PSDB), assinou decreto que desobriga o uso de máscaras em ruas, praças, parques, estádios de futebol e pátios de escolas.
A queda de casos positivos, internações e mortes, além do avanço da vacinação, foram apontados como fatores que embasaram a flexibilização. Segundo o VacinaJá, plataforma digital do governo paulista, 70,3% das crianças já receberam a primeira dose da vacina. Em relação à segunda dose, 19,2% das crianças possuem a vacinação completa.
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“As internações caíram 77% e os óbitos reduziram 56% no mês. Nas próximas semanas, reavaliaremos também a liberação em ambientes fechados”, afirmou Doria em coletiva de imprensa nesta quarta-feira.
O governo de São Paulo liberou o uso de máscaras para alunos, professores e outros funcionários nos espaços abertos das escolas, mas manteve a obrigação nas salas de aula e locais fechados.
Médica infectologista Ártemis Kílaris, que atua no Hospital Unimed, em Americana, disse ser a favor da medida. “Estamos em uma fase bem tranquila da pandemia com uma grande porcentagem da população vacinada”. De acordo com ela, a flexibilização só é possível graças à vacinação e aos cuidados que foram tomados até agora.
Cuidados esses, segundo a infectologista, que devem continuar em lugares fechados. “O uso de máscaras e a higienização das mãos ainda são necessários porque o vírus está circulando e em locais com aglomerações, o risco de contaminação é maior”, alertou.
Também favorável a liberação do uso de máscaras ao ar livre, o infectologista e membro do Observatório da PUC-Campinas, André Giglio Bueno, afirmou em entrevista ao LIBERAL que a redução constante de casos novos indica uma menor circulação do vírus e, ao ar livre, mantendo o distanciamento entre as pessoas, o risco de transmissão é muito baixo. “É óbvio que ainda é necessário manter os outros cuidados. Não adianta, por exemplo, ficar sem máscara ao ar livre e aglomerar”, destacou.
As máscaras são aliadas no combate à pandemia e desde 7 de maio de 2020 passaram a ser obrigatórias em São Paulo. Na determinação da Secretaria de Saúde da capital e do Comitê Científico estadual, divulgada na última terça-feira, consta que a medida vale para áreas ao ar livre, somente. Em espaços fechados, como salas de aulas, teatros e cinemas, por exemplo, os acessórios são obrigatórios.