Região
SAP evita entrada de 491 celulares em presídios da região
Caso mais recente ocorreu no último dia 20, quando 176 celulares foram localizados e apreendidos
Por Cristiani Azanha
10 de julho de 2022, às 11h31 • Última atualização em 10 de julho de 2022, às 11h32
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/regiao/sap-evita-entrada-de-491-celulares-em-presidios-da-regiao-1796312/
A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) conseguiu evitar a entrada de 491 celulares nas unidades da CRC (Coordenadoria Regional Central), localizadas em Americana, Hortolândia, Sumaré e Campinas, no primeiro semestre de 2022. Destes, 91% não chegaram até as posses dos presos. No mesmo período, também identificaram 121 ocorrências com entorpecentes, mas em 93% dos casos não houve acesso dos detentos aos ilícitos.
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A pasta enfatiza que a política do Governo de São Paulo é de não tolerar ilícitos nas unidades prisionais. Além da vigilância permanente dos agentes, os CDPs (Centros de Detenção Provisória), peniteniciárias e CPPs (Centro de Progressão Penitenciária) são equipados com escâner corporal, aparelhos de raios-x e detectores de metais para reunir as ocorrências.
Desde novembro de 2021, os presídios passaram a contar com arma antidrone que tem a capacidade de identificar de interceptar drones a mais de mil metros. As “armas” interferem no link de dados, fazendo com que a comunicação entre o infrator e o drone seja interrompida e o profissional operador do antidrone assuma imediatamente o seu controle, podendo fazê-lo voltar à origem, forçar sua descida ou mantê-lo em voo. A “arma” ainda não precisou ser usada na região.
O diretor técnico do Grupo Regional de Ações de Escolta e Vigilância da SAP, Mário Malanga Neto, diz que a SAP tem colocado telas na área externa das unidades em regime fechado, e nos presídios do semiaberto tem intensificado o patrulhamento.
“No Complexo (Campinas-Hortolândia), temos uma área muito extensa, por isso passamos a adotar a vigilância motorizada com rondas em dias e locais alternados, justamente para evitar a rotina dos trabalhos”, explica Malanga Neto. “Também aumentamos a lateral das unidades com alambrados, para dificultar o arremesso dos ilícitos (drogas e celulares)”.
No caso dos entorpecentes, o responsável pode ser autuado em flagrante por tráfico de drogas, independente da quantidade. Já no caso dos celulares, as pessoas surpreendidas ficarão proibidas de visitarem presídios. Caso os presos tenham conhecimento, cometerão transgressão disciplinar e poderão ter regressão de pena.
Celulares. O caso mais recente ocorreu no último dia 20, quando 176 celulares foram localizados em uma canaleta de água pluvial, próximo ao CPP Professor Ataliba Nogueira, que faz parte do Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia. Naquela ocasião, um agente também encontrou 189 carregadores e acessórios. A unidade prisional instaurou procedimento investigatório para descobrir se há custodiados envolvidos no caso. O material apreendido foi encaminhado para a Delegacia de Campinas, onde foi feito o boletim de ocorrência.
Drogas. Apesar dos investimentos, os criminosos também redobram as estratégicas na tentativa de burlar a segurança. Na mesma época, no CDP de Hortolândia, os funcionários da unidade encontraram um pacotinho contendo 51 gramas de cocaína escondidos em um pacote de leite em pó. A apreensão ocorreu durante revista das mercadorias enviadas para os custodiados. Os agentes também já localizaram maconha escondida em achocolatados, em recheios de bombons e em cós de roupas, por exemplo.