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Região

Sindicato faz alerta sobre golpe envolvendo a Mabe

Criminosos vêm se passando por advogados do jurídico do sindicato e pedem uma quantia para liberarem o dinheiro que pessoa tem para receber

Por Ana Carolina Leal

21 de outubro de 2022, às 09h00 • Última atualização em 21 de outubro de 2022, às 09h07

Empresa tinha unidade industrial em Hortolândia - Foto: Arquivo - Liberal

O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região alerta trabalhadores que têm créditos a receber da Mabe para um golpe que vem sendo aplicado usando o nome da entidade.

Criminosos se passando por advogados do jurídico do sindicato estão entrando em contato com ex-funcionários do grupo pedindo que depositem uma determinada quantia para que liberem o valor que eles ainda têm para receber da empresa.

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De acordo com um dos advogados da entidade, Marcos Ferreira da Silva, para cada trabalhador foi pedido um valor, mas nenhum deles caiu no golpe porque antes entraram em contato com o sindicato.

“Esse golpe está sendo aplicado em várias empresas que estão em situação semelhante à Mabe. São de processos coletivos. Hoje em dia, as pessoas têm fácil acesso aos processos, portanto, conseguem os nomes dos advogados, todas as informações”, afirma.

Silva esclarece que o sindicato não faz contato via WhatsApp, tudo é tratado direto com o departamento jurídico. “Nunca pedimos dinheiro, em hipótese alguma. E sempre orientamos os trabalhadores a entrar em contato com o jurídico para saber o andamento.”

Em 2013, a Mabe, que tinha unidade em Hortolândia, entrou em recuperação judicial, fechando as fábricas e demitindo milhares de trabalhadores. A empresa era uma das maiores do segmento de eletrodomésticos da linha branca e responsável pelas marcas Dako, GE e Continental.

Segundo o advogado do sindicato, o processo se transformou em falência em 10 de fevereiro de 2016. Em outubro do ano seguinte, a empresa fez o primeiro pagamento para os funcionários que estavam trabalhando quando o grupo faliu. Foram pagos em torno de R$ 70 milhões.

Neste ano, explica o advogado, foi feito um segundo rateio que resultou no pagamento de R$ 24 milhões. “A massa falida, até agora, só pagou os processos trabalhistas, são os credores que a gente chama de preferencial. Numa segunda fase vai começar a pagar os trabalhistas via processos [cerca de R$ 75 milhões], que também estão na ordem de preferência. E depois, se sobrar dinheiro, paga o resto, como os bancos.”

Segundo Silva, a falência da Mabe está em mais de R$ 2 bilhões e o número de bens não é capaz de saldar tudo – resta R$ 1,2 bilhão. “É um processo que vai demorar muito ainda”.

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