Clima
Com inverno mais seco em 30 anos, temperatura deve despencar para 8 °C na sexta
Nova frente fria prevista para a região chegará na região com mais intensidade; existe a possibilidade de chuvas no fim de semana
Por Rodrigo Alonso
18 de agosto de 2020, às 10h21 • Última atualização em 18 de agosto de 2020, às 19h35
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/regiao/temperatura-deve-despencar-para-8c-a-partir-de-sexta-1286081/
Uma nova frente fria vai passar pela região entre quinta e sexta-feira com mais intensidade do que a última, segundo o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Com isso, os termômetros devem marcar mínima de 8°C a partir de sexta, conforme previsão do CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O calor sentido na semana passada, quando as máximas ultrapassaram 30°C, começou a perder força em razão de uma frente fria, que também trouxe chuva para a região desde domingo.
Com o recuo das chuvas e a redução da nebulosidade, a temperatura volta a subir até quarta, mas logo diminuirá novamente devido à frente fria prevista para invadir a região entre quinta e sexta-feira. O apontamento é do Cepagri.
A temperatura vai se alternar em Americana e região durante esta semana. Nesta segunda, a máxima ficou nos 22°C. Está previsto um aumento para 27°C nesta terça e para 36°C amanhã, de acordo com o CPTEC/Inpe, que prevê queda para 25°C na quinta-feira.
A pesquisadora Ana Ávila, do Cepagri, ressaltou que essa segunda frente fria vai derrubar as temperaturas até o fim de semana, com possibilidade de chuva.
“Entre quinta e sexta, nós teremos novamente uma mudança brusca, com possibilidade de chuvas, possibilidade de chuvas localmente fortes, com temporais, e um declínio acentuado das temperaturas para o fim da semana”, diz.
Ana comentou ainda que o clima mais quente esperado para quarta ocorre no intervalo entre as duas frentes frias.
Calor
Essa instabilidade climática contrasta com o calor da semana passada, motivado por uma massa de ar seco que pairou sobre a região. Esse fenômeno, inclusive, tem sido constante neste ano.
“Foram períodos que nós tivemos a persistência de massa de ar seco e também mais quente sobre a região. Então, com isso, as frentes frias não conseguiram adentrar até as áreas mais continentais”, afirma a pesquisadora Ana Ávila.
Inverno mais seco
O inverno de 2020 é o mais seco dos últimos 30 anos na região, segundo o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que usa como base os dados do IAC (Instituto Agronômico de Campinas).
A medição começou a ser feita em 1990. A partir de então, em nenhum ano o inverno teve umidades tão baixas quanto em 2020. A mesma situação se aplica com relação ao outono.
Desde o último domingo, Americana e região atravessam um período de chuva. Antes, a última chuva captada pelo Cepagri na estação de Campinas tinha sido em 14 de julho, com 2 mm.
Esse tempo foi motivado pela permanência de massas de ar seco na região. “A redução das chuvas e também as temperaturas mais elevadas se deram pela persistência dessas massas de ar seco, que também foram ligeiramente mais quentes do que a média histórica”, afirma a pesquisadora Ana Ávila sobre o assunto.
Em 3 de agosto, a Defesa Civil de Americana chegou a emitir um alerta sobre a baixa umidade relativa do ar. Naquela ocasião, o índice era de 23,2%, o que colocava a cidade em estado de atenção.
Podcast Além da Capa
Em meio à pandemia da Covid-19, que modificou por completo o formato de acesso à educação, o Governo do Estado de São Paulo anunciou que o novo modelo do Ensino Médio na rede pública estadual terá início a partir do próximo ano. Esse episódio busca explicar do que se trata essa mudança e de que maneira ela se dará aos estudantes atendidos pela medida em Americana e região.