Quarentena
Tendência é que região vá para fase laranja do Plano São Paulo
Médico que faz do Centro de Contingência da Covid-19, do governo estadual, afirma que as restrições devem aumentar
Por Marina Zanaki
07 de janeiro de 2021, às 07h36 • Última atualização em 07 de janeiro de 2021, às 14h53
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/regiao/tendencia-e-que-regiao-va-para-fase-laranja-do-plano-sao-paulo-1405375/
A região de Campinas, da qual Americana faz parte, deve recuar para a fase laranja do Plano São Paulo na reclassificação desta sexta-feira. A informação é do membro do Centro de Contingência da Covid-19 e professor da Faculdade de Medicina da Unesp Botucatu, Carlos Magno Fortaleza.
O médico ressaltou que ainda faltavam ser compilados os dados desta quarta-feira para definir sobre a reclassificação. Mas em função do avanço da pandemia, a tendência já era de aumento de restrições em todo o Estado.

“Vamos fechar os dados até hoje [ontem] e ver a reclassificação, mas a gente vê uma tendência de as regiões fecharem mais. Não necessariamente para o vermelho, mas de um modo geral vê uma tendência ao maior fechamento”, declarou o membro do grupo.
Para Fortaleza, é possível que ocorram restrições ainda mais intensas em uma próxima reclassificação estadual.
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“As perspectivas a curto prazo não são de grande fechamento, mas a médio prazo são. Em breve, talvez tenha que fechar bastante mais o Estado. Há perspectiva de restrição [amanhã], e mais ainda nas reclassificações seguintes se tudo seguir o que estamos imaginando que vai ser. Vermelha agora não, mas no futuro talvez sim”, revelou o médico.
O Departamento Regional de Campinas tinha 62,5% das UTIs ocupadas nesta terça. Considerando esse critério, a região ainda não atingiu a marca da fase laranja, que é de 75% a 80% da ocupação dos leitos intensivos.
Contudo, os últimos 7 dias já registraram o maior número de novas mortes das últimas cinco semanas na região. Foram 103 novos óbitos entre 29 de dezembro e 5 de janeiro. Nas duas semanas anteriores, esse número ficou em 96; na primeira e segunda semana de dezembro esteve, respectivamente, nos patamares de 68 e 74.
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“Hoje há uma discussão intensa no grupo se não deveríamos incluir no Plano São Paulo marcadores mais precoces, que adivinhassem que a epidemia está subindo antes de ter uma ocupação grande de UTI. Porque dizer que 80% de UTIs estão ocupadas já é um indicador de uma situação gravíssima. A gente tem que fazer as medidas antes disso acontecer”, finalizou o médico.
Expectativas
A Unidade de Vigilância em Saúde de Americana disse que a expectativa é para que a situação seja “controlada”, de forma que “todos os munícipes tenham garantido o atendimento adequado, pois a mudança de cor de cada fase está relacionada com os índices de transmissão do vírus e a capacidade de resposta dos serviços hospitalares”.
A unidade disse que o ideal é avançar para fases mais brandas, mas que isso depende do comportamento das pessoas e de ações coletivas.
A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste disse que, como a reclassificação depende dos indicadores regionais e não só municipais, iria aguardar o posicionamento do Estado.
As demais prefeituras da Região do Polo Têxtil não comentaram.
Será realizada nesta quinta, em Hortolândia, um encontro com prefeitos e secretários de Saúde do Departamento Regional de Saúde de Campinas para discutir ações conjuntas para combate à pandemia.