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Pesquisa

Transporte por app tem carros com 30 vezes mais bactéria, aponta pesquisa

Estudo foi realizado pela Faculdade de Biomedicina da PUC-Campinas e comparou com veículos de uso particular

Por Thiago Vieira

02 de maio de 2023, às 07h41 • Última atualização em 02 de maio de 2023, às 11h35

Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Biomedicina da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas, concluiu que os carros de motoristas por aplicativos tem cerca de 30 vezes mais bactérias que os utilizados por apenas uma pessoa. Os estudantes contaram com o apoio da técnica do laboratório de microbiologia, Andréia Rodrigues Bucci, e foram coordenados pela Prof. Maria Magali Stelato.

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A pesquisa analisou dois tipos de bactérias, as staphylococcus e enterobactérias. Segundo Andréia, elas são os “dedo-duros” da higienização de um ambiente, já que transportamos elas no organismo. “Apesar de estar em nossa microbiota, a gente pode ter uma gama bem grande de infecções e doenças, como diarreias, infecções de pele e garganta, causadas por essas bactérias”, explicou ao LIBERAL.

Os microrganismos foram recolhidos das superfícies do volante, câmbio e maçanetas de três tipos de veículos. O primeiro é de um usuário único, o segundo veículo é utilizado por uma família e o terceiro por um motorista de aplicativo.

Após a analise, foi possível perceber uma diferença considerável entre os três veículos. A amostra das enterobactérias mostrou uma média de crescimento de unidades formadoras de colônia de 10 a 15 colônias em veículo particular. No veículo familiar o número é entre 100 e 120 colônias. Já o veículo de motorista de aplicativo foram mais de 300 unidades.

Bactérias Enterobactérias: carros de motorista individual, carros familiares e por aplicativo, respectivamente (Foto: divulgação/PUC-Campinas) – Foto:

Entre os staphylococcus, o número foi de 5 a 10 unidades no primeiro caso, cerca de 80 nos carros familiares e mais de 300 unidades formadoras de colônia nos veículos de motoristas de aplicativos.

Bactérias Staphylococcus: carros motorista individual, carros familiares e por aplicativo, respectivamente (Foto: divulgação/PUC-Campinas)
Foto:

Também foi analisado o isolamento de bolores, que dependem da troca do filtro do ar-condicionado. Para amostra foram escolhidos três veículos, um que realiza a troca com 30 mil quilômetros rodados – recomendado pelas concessionárias, outro que faz a troca após os 30 mil quilômetros e um último veículo que não recebeu a troca há muito tempo.

Fungos encontrados em carros: troca com 30 mil km, troca após 30 mil km, sem troca há muito tempo. (Foto: divulgação/PUC-Campinas) – Foto:

A coleta foi realizada expondo as placas por 15 minutos dentro do veículo com o ar-condicionado ligado. A contaminação em um veículo que não realiza as trocas foi muito alta, que reduz com a frequência da troca.

Para a técnica de laboratório, o resultado dos fungos é mais preocupante. “Chamou atenção porque essas partículas não são por contato direto, como as bactérias, que você tem que por a mão e levar para a boca, os bolores você respira”, disse.

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Como prevenir. Segundo Andréia, a melhor forma de prevenir é por meio da constância da limpeza externa e principalmente interna. Ela recomenda os motoristas a limparem de forma periódica os veículos com produtos detergentes, pelo menos uma vez por semana. E realizar a troca dos filtros dentro do período estipulado pela concessionária.

Aos passageiros, principalmente de transportes por aplicativos, o ideal é higienizar as mãos com álcool em gel 70% assim que sair dos veículos. “Quanto aos fungos manter a janela aberta, porque a circulação do ar deixa esse ambiente mais limpo, com menor número de partículas de fungos”, finalizou.

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