Caso Leandro Barbosa
Após parecer do MP, Justiça solta rapaz preso após morte de cabo do Baep
João Vitor Gobeti, de 21 anos, não teria sido identificado por testemunha ocular do crime
Por Cristiani Azanha
31 de maio de 2023, às 19h37 • Última atualização em 31 de maio de 2023, às 21h19
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/s-barbara/apos-parecer-do-mp-justica-solta-rapaz-preso-apos-morte-de-cabo-do-baep-1964683/
A Justiça decidiu soltar nesta quarta-feira (31) João Vitor Gobeti, de 21 anos, preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Americana após ser acusado de ser um dos envolvidos no assassinato do cabo do Leandro Silva Barbosa, do 10º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia).
O crime ocorreu no último dia 19, quando o policial foi morto após ser atraído em uma emboscada no Condomínio Residencial Amoreiras, no Parque Residencial do Lago, em Santa Bárbara d’Oeste.

O juiz da 2ª Vara Criminal, Lucas Borges Dias, expediu o mandado, atendendo à solicitação do MP (Ministério Público). O advogado de defesa, Gustavo Mayoral, já tinha se manifestado pela liberdade do cliente, enfatizando que o jovem é inocente e não teria ligação com a morte do policial.
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Além de João Vitor, também estão presos apontados como os responsáveis pelo crime Vinicius da Silva Nogueira, de 25 anos, conhecido como Caveira ou Japa; e Wilson Ribeiro da Costa, 57, o Jacaré; que seriam integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
O trio foi detido pelo Baep no Conjunto Habitacional Roberto Romano, na mesma cidade. Uma testemunha relatou que João Vitor foi preso na escada do condomínio, pois a namorada dele mora no andar de cima do apartamento onde os demais foram localizados.
O suposto mandante do crime, Luís Gustavo Cotrim, de 37 anos, conhecido como “Satã”, que ocupava a função de “disciplina” no PCC, morreu em confronto com a polícia, no Jardim Santa Rita, no mesmo dia. Outro homem que teria participado, o João Paulo Vital dos Santos, o Jow, não foi localizado, mas também teve a prisão decretada pela Justiça.
LIBERDADE
O promotor Rodrigo Aparecido Tiago chegou a afirmar que João Vitor não foi reconhecido como um dos executores do crime.
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Uma testemunha protegida pelo Estado disse que reconheceu apenas quatro pessoas no local do assassinato, Vinícius, Wilson, Luis Gustavo e João Paulo. “Ela não identificou meu cliente (João Vitor), porque ele não estava na cena do crime”, reforça o advogado Gustavo Mayoral.
Segundo ele, ainda restam ainda algumas provas que foram solicitadas pela própria defesa, como a triangulação das redes de celular que vão comprovar que, no dia do crime, João Vitor não saiu do condomínio onde a namorada mora. “Por enquanto, ele continua no processo até que sua inocência seja comprovada”, completa o defensor.
O magistrado decidiu que, por enquanto, João Vitor deve comparecer mensalmente em juízo, em todos os atos do processo, além de enfrentar uma série de restrições até a conclusão do processo.