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Santa Bárbara

Assassinato de policial teria sido cometido para saldar dívida com o PCC

Crime ocorreu na última sexta, quando cabo foi atingido por quatro tiros após emboscada em SB; suspeitos estariam envolvidos com agiota da facção

Por Cristiani Azanha

24 de maio de 2023, às 07h56

Leandro foi atraído para uma emboscada em condomínio no Parque do Lago - Foto: Arquivo pessoal

O assassinato do cabo do 10º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) Leandro Silva Barbosa, 38, teria ocorrido para saldar uma dívida dos suspeitos com agiotas da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

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O crime ocorreu na última sexta, quando o PM foi atingido por dois tiros na cabeça e dois no tórax, após ser atraído para uma emboscada no Condomínio Residencial Amoreiras, no Parque Residencial do Lago, em Santa Bárbara d’Oeste.

Três suspeitos foram presos no mesmo dia pelo Baep, no Conjunto Habitacional Roberto Romano: João Vitor Gobeti, 21, Vinicius da Silva Nogueira, 25, e Wilson Ribeiro da Costa, 57, o “Jacaré”.

O suposto mandante do crime, Luís Gustavo Cotrim, 37, conhecido como “Satã”, que ocupava a função de “disciplina” no PCC, morreu em confronto com a polícia, no bairro Santa Rita, no mesmo dia. Outro homem que teria participado, o “Jow”, não foi localizado.

A motivação do crime, que teria relação com agiotagem na facção, foi discutida durante a audiência de custódia dos três presos, no último sábado.

Na ocasião, o advogado Gustavo Mayoral, que defende João Vitor, enfatizou que seu cliente não participou do crime e no momento da abordagem estava na escada do prédio, sem relação com os outros.

“A testemunha ocular protegida pelo Estado identificou apenas quatro pessoas no momento do crime: Vinícius, Wilson, Satã e Jow. Não havia um quinto suspeito, e dessa forma, João Vitor não estava no local”, afirmou. Mayoral diz que aguarda julgamento do habeas corpus de seu cliente, que será analisado em segunda instância.

A advogada que representa Wilson e a representante da defensoria pública que acompanhou Vinícius chegaram a pedir o relaxamento do flagrante, mas os três suspeitos tiveram as prisões preventivas decretadas pelo juiz Leonardo Delfino.

Na ocasião, os suspeitos alegaram que foram torturados pelos policiais militares durante a abordagem. O promotor Fábio José Moreira dos Santos requisitou que a apuração sobre eventuais abusos seja feita durante o inquérito policial (Polícia Civil), mas considerou que o flagrante deveria ser mantido, tendo em vista que o homicídio ocorreu por formação de quadrilha armada.

O juiz considerou ainda que apesar de as prisões em flagrante estarem classificadas como homicídio qualificado, o caso seria um roubo qualificado com resultado de morte, ou seja, latrocínio.

Segundo o boletim de ocorrência, depois que o policial já tinha sido ferido e estava caído, um dos suspeitos pegou sua arma e fugiu. O LIBERAL apurou que o material ainda não foi localizado.

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RESPOSTA. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil, no 3º DP de Santa Bárbara d’Oeste, para apurar a conduta dos policiais militares. A Corregedoria da PM foi acionada e acompanha a apuração.

O MP (Ministério Público) antecipou que o inquérito policial ainda está em andamento, aguardando-se a respectiva conclusão.

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