PARALISAÇÃO
Com salários atrasados, professores da Faculdade de Santa Bárbara farão greve
Também não foram pagos o depósito de FGTS e as férias; sindicato notificou faculdade três vezes, sem resposta
Por Pedro Heiderich
05 de maio de 2021, às 18h09 • Última atualização em 06 de maio de 2021, às 09h32
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/s-barbara/com-salarios-atrasados-professores-de-faculdade-de-santa-barbara-farao-greve-1507557/
Com salários atrasados, os professores da FAP (Faculdade de Santa Bárbara d’Oeste), localizada no Jardim Sousa Queiroz, decidiram em assembleia que entrarão em greve na segunda-feira (10). A informação é do Sinpro (Sindicato dos Professores de Campinas e Região).

Além dos salários, estão atrasados depósitos de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e férias. Conforme noticiado pelo LIBERAL, o Sinpro já havia cobrado a instituição de ensino sobre os atrasos no pagamento dos salários dos cerca de 30 professores e funcionários.
A diretora da FAP em Santa Bárbara, que pertence à Uniesp (Universidade Brasil), Luciane Marostegan, foi contatada na ocasião e ficou de retornar e-mail, mas não respondeu. Ela foi contatada novamente, assim como a assessoria de imprensa da Uniesp, sem retorno de ambos.
Professores relataram dificuldades financeiras à reportagem, com atraso de salários desde fevereiro. Depois, alunos disseram que pagaram as mensalidades normalmente, afirmaram temer prejuízo e demonstraram apoio aos professores.
Segundo nota do sindicato assinada pela presidente Conceição Fornasari, a greve começa a partir das 7 horas de segunda-feira. O tempo de paralisação não foi definido. Se até quarta-feira (12) não houver proposta da faculdade, será realizada nova assembleia para decidir o que será feito.
As reivindicações são: o fim dos atrasos salariais, com a quitação do salário de abril no quinto dia útil de maio, o pagamento das diferenças salariais da aplicação dos reajustes de 2018 e 2019, regularização do FGTS não depositado e quitação das diferenças de salário de férias de 2020, com acréscimo de um terço.
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O Sinpro enviou notificações em 5 e 18 de março e em 23 de abril cobrando a instituição para que sanasse as irregularidades trabalhistas. “Como não houve manifestação, não restou alternativa senão convocar a assembleia para discutir a greve, aprovada pela maioria”, explica Conceição.
O sindicato ainda comunicou os estudantes da unidade em nota, reforçando que mesmo com os atrasos nos pagamentos, “os docentes continuaram realizando um excelente trabalho.”
Alunos disseram à reportagem que “os professores mereciam mais respeito da faculdade”. Uma professora relatou ao LIBERAL que houve redução salarial de 70% em dezembro e que a situação se agravou a partir de fevereiro, quando os salários pararam de ser pagos.