Julgamento
Homem que matou segunda companheira é condenado a 42 anos de prisão
Defesa promete recorrer e diz que quer um novo julgamento; réu deve ser transferido para a Penitenciária de Piracicaba
Por Cristiani Azanha
10 de abril de 2023, às 21h32 • Última atualização em 11 de abril de 2023, às 08h56
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/s-barbara/homem-que-matou-segunda-companheira-e-condenado-a-42-anos-de-prisao-1938062/
A Justiça de Santa Bárbara d’Oeste condenou o réu Josias Sass Ribeiro a 42 anos, dois meses e 20 dias de prisão, em regime fechado, por matar por asfixia sua companheira, a aposentada Maria Inês Francisca da Silva Romero Correa, de 73 anos, em junho de 2022, no Jardim Cândido Bertini, em Santa Bárbara d’Oeste.
Além de matar, ele também teria enterrado o corpo da vítima em uma área verde. A defesa promete recorrer e pedir um novo julgamento.

A juíza da 1ª Vara Criminal, Camilla Marcela Ferrari Arcaro, considerou a denúncia do MP (Ministério Público) por feminicídio com qualificadoras de ser por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, além ocultação do cadáver e o agravante ter sido cometido contra pessoa acima de 60 anos.
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A magistrada definiu na sentença que houve a culpabilidade elevada, premeditação, dolo exacerbado e frieza e comportamento deturbado, e, sendo assim, não considerou a possibilidade de que ele pudesse recorrer em liberdade. O réu estava preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Americana, mas após a condenação deve ser levado para a Penitenciária de Piracicaba.
Ribeiro já tinha sido condenado anteriormente a 18 anos de prisão, por ter matado outra namorada.
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O promotor Rodrigo Aparecido Tiago diz que ficou satisfeito com o resultado. “A pena foi adequada ao crime concreto. Foi considerado que ele cometeu outro crime da mesma natureza no passado, que foi cometido contra idosa e ocultação do cadáver. Esses fatos levaram à pena nesse patamar”, enfatiza Tiago.
O advogado Arthur Azevedo da Rocha Queiroz, que representa o réu, antecipa que a defesa vai recorrer. “Vamos pedir um novo julgamento. Os jurados entenderam ao contrário do que aconteceu. Também iremos a pedir a diminuição da pena”, afirma Queiroz.
O CRIME
O corpo da aposentada foi enterrado e só foi localizado após um trabalhador usar uma retroescavadeira no local. O acusado foi preso dias depois pela Polícia Civil.
A idosa estava com uma calça enrolada no pescoço. A mulher estava desaparecida há uma semana. Na casa do réu, os policiais encontraram perfumes que pertenceriam à vítima.