Castelo de Areia
Justiça de Santa Bárbara condena seis presos por tráfico de drogas
Segundo Polícia Civil e Ministério Público, grupo comandava pontos de tráfico nas cidades da região
Por Leonardo Oliveira
25 de março de 2021, às 09h42 • Última atualização em 25 de março de 2021, às 09h43
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/s-barbara/justica-de-santa-barbara-condena-seis-presos-por-trafico-de-drogas-1472144/
A Justiça de Santa Bárbara d’Oeste condenou, na última segunda-feira, seis pessoas presas durante a Operação Castelo de Areia, deflagrada em junho do ano passado para investigar uma organização envolvida no tráfico de drogas na região. As penas variam entre 11 e 19 anos de prisão para os acusados. Ainda cabe recurso.

Segundo o relatório produzido pela Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de Americana, do qual o LIBERAL teve acesso, o grupo comandava pontos de tráfico de drogas nas cidades de Santa Bárbara d’Oeste, Capivari, Mombuca e Rafard.
O homem apontado como o líder da quadrilha recebeu a maior pena, de 19 anos e nove meses de prisão. Segundo a Dise e o MP (Ministério Público), ele e um outro traficante, também condenado nesta semana, moravam em Santa Bárbara e abasteciam os demais municípios com os entorpecentes e forneciam a outros traficantes da região.
Todos os seis condenados foram presos em 19 de junho de 2020, quando a operação foi deflagrada. Na ocasião, os investigadores encontraram cerca de 50kg de maconha, 6kg de cocaína, R$ 10 mil em dinheiro, além de armas e munições em diferentes endereços ligados aos capturados.
A ação do ano passado foi um desdobramento de uma operação, que capturou, em 2019, o antigo chefe da organização criminosa, apelidado de Sheik. O posto de liderança ficou vago e foi assumido por um traficante da cidade que, para sair do “radar” da polícia local, se mudou para Santa Bárbara, diz a Dise.
Foi esse suspeito que acabou preso na Operação Castelo de Areia e que pegou a maior pena no julgamento da última segunda. Os demais réus no processo teriam envolvimento no armazenamento e na distribuição das drogas.
Com base nos entorpecentes apreendidos e nas provas obtidas através da quebra do sigilo dos aparelhos celulares dos presos, o Ministério Público denunciou os seis acusados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa.
Para essa última acusação, todos os réus foram absolvidos. O entendimento da juíza Camilla Marcela Ferrari Arcaro foi de que o grupo se unia somente para traficar drogas e não para cometimento de outros crimes. A sentença não cita ligação do grupo com o PCC (Primeiro Comando da Capital), suspeita inicial da Polícia Civil.
A condenação foi por tráfico de drogas e associação para o tráfico. “Os elementos de convicção colhidos na fase policial e em juízo revelam-se firmes e substanciais, apontando-os com segurança como integrantes de uma forte e atuante associação criminosa voltada para o crime de tráfico de drogas nesta comarca e em outras cidades da região”, escreveu a magistrada.
Essa decisão foi em primeira instância, por isso a defesa dos réus ainda pode recorrer para tentar a absolvição deles. O advogado Leandro Lourenço, que atua em defesa de quatro dos seis acusados, adiantou que vai recorrer da sentença por entender que ela foi “totalmente ilegal”, “excessiva” e “abusiva”.