A motorista que atropelou duas idosas de 86 e 90 anos no Centro de Santa Bárbara d’Oeste, no último sábado (8), se apresentou à Polícia Civil, nesta terça-feira (11). Investigadores procuravam por ela, que fugiu do local do acidente.

A investigada é uma comerciante de 44 anos, que se apresentou com advogados ao 1º DP (Distrito Policial) da cidade. Ela nega que tenha se omitido no socorro às idosas ou que tivesse ingerido bebida alcoólica – leia mais abaixo.

Segundo o investigador Alexandre Branquinho, que trabalha no caso, a identificação foi possível após uma informação de uma testemunha, que informou que a mulher é dona de um bar próximo ao local do acidente.

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O carro dela, um Fiat Palio, estava guardado na casa de familiares, no bairro Cidade Nova. O veículo tinha marcas no para-brisa e passou por perícia, mas não foi apreendido.

As duas idosas estão internadas. Elas foram atropeladas no final da tarde de sábado, no cruzamento das ruas Floriano Peixoto e Sebastião Franchi, no Centro, quando iam para a igreja. Uma câmera de segurança flagrou o atropelamento. O veículo estaria em alta velocidade.

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Após o acidente, a motorista do veículo fugiu. As idosas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Unimed, em Americana.

Segundo o boletim de ocorrência, a idosa da 90 anos apresentava trauma na cabeça, além de fratura na perna direita. A outra vítima também sofreu traumatismo craniano leve e fratura na bacia. Ambas permanecem internadas e deverão passar por cirurgias.

A Polícia Militar localizou um serralheiro de 37 anos, que seria o passageiro do veículo. Ele alegou que tinha conhecido a motorista em um bar e estariam a caminho de um motel quando o acidente aconteceu. Depois, a condutora saiu do carro e fugiu. No entanto, não chegou a comentar outros detalhes sobre a identidade da mulher.

O que diz a motorista

Em entrevista ao LIBERAL, a mulher disse que está abalada e há dois dias não abriu seu estabelecimento por medo, devido à repercussão sobre o acidente.

“No dia do ocorrido, estava acompanhada de um prestador de serviço e, naquele dia, nós pretendíamos comprar material [de construção] quando tudo aconteceu. Eu parei o carro e pedi para o rapaz [prestador de serviço] auxiliá-las enquanto fui rapidamente ao meu estabelecimento para atender uma pessoa. Quando voltei ao local, já tinha um monte de gente lá e não me aproximei por medo”, afirmou a motorista.

Em nota, os advogados que representam a mulher ressaltaram o fato de que ela compareceu espontaneamente à delegacia “especialmente em razão de estar preocupada com a saúde” das idosas.

Por meio da defesa, a motorista também negou que estivesse alcoolizada e que não tivesse prestado os primeiros socorros. “Tais fatos podem ser comprovados e assim o fará oportunamente”, diz a nota assinada pelos advogados Gustavo Mayoral e Izamara Militão.

De acordo com os defensores, nesta semana, o passageiro vai retornar à delegacia e deve apresentar outra versão sobre o ocorrido, que seria a verdadeira, segundo os advogados. Inicialmente, ele disse à Polícia Militar que a motorista e ele estavam em um bar e saíram rumo a um motel quando houve o acidente.

“Não sei por que ele apresentou essa versão, acho que se apavorou na hora e inventou isso. Não é verdade”, afirma a condutora.