A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste lançou nesta quinta-feira o Plano de Desenvolvimento do Turismo Rural e Ecoturismo. A ideia é institucionalizar as rotas que já são utilizadas para ciclismo e caminhada, por exemplo, e envolver os produtores rurais e segmentos gastronômicos no processo.

De acordo com o secretário de Cultura e Turismo e presidente do Comtur (Conselho Municipal de Turismo), Evandro Felix, esse potencial da cidade foi identificado durante elaboração do plano diretor de turismo, em 2017.

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) fez com que o desenvolvimento do plano fosse priorizado. O objetivo é deixar a cidade preparada para o pós-quarentena, já que existe uma tendência do turismo regional se tornar uma opção mais atrativa para o público.

“A perspectiva é de que no pós-pandemia o brasileiro, de fato, conheça onde mora. A gente sabe que as viagens domésticas não vão mais seguir longas distancias. As pessoas vão ficar muito mais restritas a suas regiões administrativas e dentro do seus estados”, comentou Evandro.

Primeiro, a prefeitura vai abrir um cadastro voluntário de estabelecimentos comerciais situados na área rural para identificar quem gostaria de integrar o projeto. Isso deve acontecer na semana que vem.

Na etapa seguinte, os locais serão visitados para mapeamento. Com base nessas informações, serão criados os roteiros turísticos. Não haverá custos para os empresários.

Evandro explica que será necessário anuência dos proprietários rurais para que as áreas particulares sejam institucionalizadas como de interesse turístico. Uma das possibilidades de contrapartida por parte do Poder Público é o auxílio para ações de reflorestamento.

“Muitos desses proprietários de terra tem zona de passivo ambiental. Tendo anuência desses locais, podemos focar em ações de educação ambiental que visem o reflorestamento dessas áreas”, disse o secretário.

Após definição das rotas e autorização dos produtores, a prefeitura abrirá processo licitatório para aquisição e instalação de sinalização e infraestrutura turística. O objetivo é torná-las mais seguras e atrativas para os usuários.

A prefeitura espera que os produtores aproveitem o fato de estarem inseridos em um circuito de eventos para diversificarem suas atividades.

“Digamos que ele [produtor] faz criação de gado ou tenha plantações. O turismo rural pode possibilitar que os visitantes entrem na sua propriedade, tenham contato com granjas, com esse modo de vida da zona rural. Se você conseguir agregar valor nisso, você acaba tendo uma outra fonte de renda”, afirmou Evandro.

A secretaria de Cultura pretende definir as rotas e os estabelecimentos que farão parte ainda neste ano. A divulgação e promoção das atividades, no entanto, só será realizada quando houver “segurança” em relação a questão sanitária.

“Estamos antecipado esse trabalho. Não adianta começar quando tudo estiver normalizado. A gente tem que preparar e entregar a situação finalizada quando se estabelecer a segurança”, frisou Evandro.

O Plano de Desenvolvimento do Turismo Rural e Ecoturismo foi elaborado a partir de um estudo da Comtur. Foram identificados quatro setores com diferentes atrativos.

Confira os setores:
– Setor 1: Delimitado pela Rodovia Luiz de Queiroz e Rodovia Comendador Américo Emílio Romi. Principais atrativos: Estrada do Barreirinho, Cemitério do Campo, Parque das Águas (Represa Areia Branca, Represa São Luiz e Represa de Cillo);

– Setor 2: Delimitado pela Rodovia Luiz de Queiroz e Rodovia Comendador Américo Emílio Romi. Principal atrativo: Santo Antônio do Sapezeiro;

– Setor 3: Delimitado pela Rodovia Luiz de Queiroz, Rodovia Luís Ometto, Rodovia Margarida da Graça Martins, Rodovia dos Bandeiras e Rio Piracicaba. Principiais atrativos: Vale do Comanche, bairro Caiubi, loteamento Cruzeiro do Sul;

– Setor 4: Delimitado pela Rodovia Luís Ometto, Rodovia Margarida da Graça Martins, Rodovia dos Bandeirantes e Rio Piracicaba. Principais atrativos: Cachoeira dos Patos, Chácaras Beira Rio, Parque das Nascentes.

Podcast Além da Capa
Nem mesmo a regressão de Americana e região para a fase vermelha do Plano São Paulo é capaz de resolver o problema da lotação de ônibus do transporte público em horários de pico. A teoria de que menos gente estaria em circulação não se confirma na prática. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com o repórter Leonardo Oliveira e apresenta reflexos regionais desse assunto.