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Covid-19

Casos de coronavírus em Sumaré quadruplicam em um mês

Confirmações de pessoas infectadas na cidade saltaram de 101 para 399 em 30 dias

Por Marina Zanaki

16 de junho de 2020, às 08h33 • Última atualização em 16 de junho de 2020, às 09h14

Os casos positivos do novo coronavírus (Covid-19) em Sumaré quadruplicaram em um mês. No dia 15 de maio, eram 101 casos positivos, contra 399 em 15 de junho. Nesse mesmo período, as mortes passaram de quatro para 18.

Este mês, o aumento tem acelerado. Enquanto em maio as confirmações por semana variavam de 30 a 40, em junho estão ente 80 e 90.

Boletim do dia 15 de junho mostra que Sumaré tem 399 casos confirmados – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Secretário de Saúde de Sumaré, Rafael Virginelli ponderou que em maio houve ampliação na testagem. Pessoas com mais de 60 anos, com comorbidades, e todos os profissionais de saúde passaram a ser testados quando tem sintomas, segundo ele. Além disso, a cidade recebeu exames enviados para o governo estadual.

O secretário reconheceu que há uma tendência de crescimento de casos no interior de São Paulo. “Trabalhamos para que essa realidade não chegue a Sumaré”, disse Rafael.

A UPA Macarenko, que recebe pacientes mantidos em observação até que se tenha a liberação de vagas nas referências estaduais, tem taxa geral de ocupação de 80% (todos os atendimentos).

“Nota-se uma carga superior aos anos anteriores devido ao surto epidemiológico em questão, que até o presente momento tem sido suportada pela rede nos mais diversos níveis de atenção”, garantiu o secretário.

No Hospital Estadual Sumaré, que recebe pacientes da cidade e de outros municípios, a taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 está em 75%. Dos 24 leitos preparados, 19 estão ocupados.

Retrocesso
Infectologista e professor da Unicamp e da Faculdade São Leopoldo Mandic, Rogério de Jesus Pedro apontou que é possível que Sumaré esteja sofrendo reflexos da situação epidemiológica em Campinas em função da proximidade.

O município campineiro tem quase quatro mil casos confirmados e 149 mortes.

O médico alertou que há o risco de ser necessário retroceder nas medidas de flexibilização da quarentena, mas que é possível que isso ocorra somente quando o sistema de saúde estiver com ocupação acima de 90%.

“Mas não vai ser uma medida fácil. Politicamente é um retrocesso, só vão tomar essa medida se houver uma pletora [excesso] do sistema”, disse.

Podcast Além da Capa
A pandemia do novo coronavírus completa três meses com a certeza de representar o maior desafio da carreira de gestores públicos em saúde, como é o caso dos secretários que atuam em cidades da região. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com os responsáveis pelas pastas em Americana, Santa Bárbara e Nova Odessa sobre a experiência forjada pela crise.

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