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Sumaré

Falta de sinalização é uma das causas da morte de família de Sumaré no Rio Tietê

Polícia Civil apura o responsável pela área para concluir o inquérito

Por Gabriel Pitor

09 de fevereiro de 2023, às 07h31

A Delegacia de Dois Córregos, no interior de São Paulo, confirmou ao LIBERAL nesta quarta-feira que a sinalização da margem do Rio Tietê, no local conhecido como Baixão da Serra, não está adequada e é um dos fatores que levaram à morte cinco pessoas de Sumaré, todas da mesma família, no último dia 24 de dezembro.

A investigação, que está em fase final, vem sendo conduzida pelo delegado Márcio Leandro Moretto. Segundo ele, os laudos mostraram que não havia qualquer placa no local ou, se havia, ela estava submersa no momento da ocorrência. Isso impediu que os banhistas pudessem ter ciência do perigo de entrar na água.

Por conta dessa definição, o inquérito está investigando a responsabilidade pela sinalização do local. Quatro instituições foram convocadas a prestarem esclarecimentos: a Associação de Moradores do Condomínio Recanto Feliz, que no trecho da margem do rio; a AES Brasil, que supostamente é responsável pela proteção ambiental do Rio Tietê; a Prefeitura de Dois Córregos e a Marinha do Brasil.

Casal e as duas filhas, de 8 e 3 anos, morreram afogados na véspera de natal – Foto: Reprodução

De acordo com Moretto, a Marinha está isenta de atribuição e por isso foi descartada do inquérito. Já a associação apresentou dois documentos na semana passada: uma ordem da AES Brasil de retirada de placas de aviso, que foram instaladas pela associação na margem do rio, e uma audiência pública realizada com a prefeitura, no ano passado, que tinha como objetivo tratar sobre os problemas da região do Baixão da Serra, entre eles a sinalização.

Esses documentos fizeram com que a delegacia notificasse na última sexta a prefeitura de Dois Córregos e a AES Brasil para esclarecimentos. Ambas têm até 15 dias para entrega das informações solicitadas. A partir dessas respostas, o delegado determinará os próximos passos do inquérito.

O responsável pela área e pela sinalização da margem do rio terá que responder no âmbito cível, possivelmente com alguma ação de indenização à família dos vitimados e com a adequação do local. Já na esfera criminal, a Justiça e o Ministério Público irão avaliar se a parte considerada culpada foi negligente e precisa ser indiciada.

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O CASO. As vítimas foram identificadas como Denise Aparecida da Silva, de 51 anos; Kervellin Wallace da Silva, 29; sua esposa, Cynthia Silva dos Santos, 25; e as crianças Emily Camile Dias da Silva, de 3, e Nicolly Luiza Dias da Silva, de 8 anos.

A família se banhava no rio, quando a criança de três anos começou a se afogar e se agarrou à outra, de oito. As duas afundaram e a avó delas, Denise, tentou salvar as netas, mas também se afogou. A mãe e o pai das crianças foram em socorro das três e também afundaram no rio.

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