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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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SUMARÉ

Honda diz ao sindicato que 436 aderiram ao PDV e que descarta demissão em massa

Serão transferidos 160 colaboradores de Sumaré para Itirapina; sindicato cobra estabilidade dos que ficarão

Por Pedro Heiderich

11 de novembro de 2021, às 16h36 • Última atualização em 11 de novembro de 2021, às 16h37

A Honda revelou ao Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, que 436 trabalhadores das fábricas de Sumaré e Itirapina aderiram ao PDV (Programa de Demissão Voluntária).

A empresa afirmou ainda que descarta demissão em massa, e que 160 colaboradores de Sumaré serão transferidos para a unidade de Itirapina. Eles já foram comunicados.

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Os trabalhadores que ficam serão realocados em outros setores da fábrica em Sumaré, que não realizará mais produção de automóveis.

A informação foi passada em audiência no Tribunal Regional do Trabalho entre as partes realizada nesta terça-feira (9), aponta o sindicato, que cobra estabilidade dos funcionários que não vão para Itirapina.

Ainda no encontro, os sindicalistas relataram à Honda preocupação com os cerca de 200 trabalhadores demitidos pela Honda entre junho e setembro. Nova audiência de mediação está marcada para o próximo dia 25.

Diretor do sindicato, José Celestino da Silva disse ao LIBERAL que a entidade aguarda a próxima audiência para definir se entrará na Justiça contra a Honda pelas demissões.

O LIBERAL procurou a empresa para confirmar as informações divulgadas pelo sindicato e questionou sobre as preocupações citadas pela entidade.

A Honda respondeu que não comenta detalhes, mas reforça que vem cooperando para esclarecer todos os critérios e procedimentos adotados durante o PDV.

Entenda o caso
Em 14 de outubro, a Honda decidiu concluir a unificação das fábricas de Sumaré e Itirapina, onde atuam mais de 3 mil colaboradores, transferindo trabalhadores para Itirapina até o final deste ano.

A empresa falou da falta de componentes eletrônicos para a produção de veículos para explicar a abertura de PDV. O programa de demissão foi encerrado uma semana após, antes do período determinado.

A Honda argumentou que foi atingido o limite mínimo para continuidade de suas operações, enquanto o sindicato analisa que houve recuo da montadora após pressão dos trabalhadores, que não aceitavam os termos.

Além disso, os vereadores de Sumaré se pronunciaram contra o PDV.

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Paralisações
Pouco após, em 26 de outubro, a Honda anunciou paralisação das atividades na unidade de Sumaré, até 3 de novembro, a quinta no ano, ocasionada por falta de matéria-prima.

“A paralisação se dá em decorrência do impacto da pandemia na cadeia logística global e do desabastecimento de peças, mais especificamente semicondutores”, confirmou a empresa. Segundo Celestino, a Honda assegurou o pagamento dos dias parados.

O LIBERAL apurou nesta quinta-feira (11) junto à Honda que nova paralisação teve início na fábrica em Sumaré no último dia 8 e vai até quarta-feira (17), pelo mesmo motivo.

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