Estúdio 52
Star Wars: Visions – crítica
Antologia em formato de animes de Star Wars conquista com episódios curtos mas bem elaborados
Por Diego Juliani
30 de setembro de 2021, às 18h53 • Última atualização em 30 de setembro de 2021, às 19h07
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/colunas-e-blogs/estudio-52-star-wars-visions-critica/
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Os noves curtas de “Star Wars: Visions” passam literalmente voando. Seja pela dinâmica valiosa com que são compostos, unindo a obra de George Lucas e o formato dos animes japoneses, que prendem a atenção do começo ao fim, ou o tempo dos episódios da antologia, que são mesmo curtos, variando entre 13 e 20 minutos.

Produzido pela Lucasfilm em parceria com o Qubic Pictures e outros sete renomados estúdios de animação japoneses, o conceito de contar essas histórias com diferentes traços e estilos traz renovação e uma sensação de novidade mais do que necessária para a franquia, ainda mais depois da decepção generalizada com a trilogia “O Despertar da Força”, que não fez tão feio nas bilheterias, mas deixou uma legião de fãs contrariados.
E, por mais que a situação tivesse começado a mudar com a chegada das séries do universo canônico da saga no Disney+ – é só olhar o sucesso de “The Mandalorian” com duas temporadas – Star Wars realmente precisava se banhar num mar de liberdade para reafirmar sua relevância na cultura pop.
Os noves curtas se mostram aventuras cativantes, que trabalham muito bem a mitologia em torno da saga, mas sem a responsabilidade de entregar a fórmula tradicional baseada na jornada do herói e cenas de ação.
Os sabres de luz continuam importantes, o embate entre jedi e sith permanece pesado, porém, “Visions” se torna memorável ao trazer episódios carregados de sentimento, deixando espaço para reflexão. Nem tudo é entregado simetricamente explicado, e isso tem o poder de gerar novas sensações e abrir espaço para deixar o pensamento voar.
O espírito da franquia está todo ali, e vale destacar três episódios: “O Duelo”, curta que abre a série, carrega no estilo preto e branco sua maior força, com um visual mais sério que realça objetos importantes para apresentar a história de um nômade que defende uma aldeia de um ataque de mercenários.
Já “A Noiva Aldeã” chama atenção por sua estética clássica e suave, ao desnudar o relato de uma jedi em fuga em um planeta repleto de belezas naturais. Aqui, os valores de família, união e amizade estão mais presentes do que nunca, exaltando um pilar importante da saga.
E, por último, “T0-B1” é praticamente uma homenagem a Astro Boy, mangá clássico de Osamu Tezuka, onde um garoto cibernético tem o sonho de se tornar um jedi. Com um desenho mais infantil, o episódio é diferente de tudo o que saiu sobre Star Wars nos últimos tempos.
Menção honrosa ainda para “O Nono Jedi“ e “O Ancião”, respectivamente os episódios 5 e 7 da antologia, que abusam da força de atração dos cavaleiros e seus sabres de luz sobre o espectador para contar excelentes histórias.
No fim, fica a sensação de querer ver mais. A ideia de contar Star Wars sob uma ótica anime funcionou e tem espaço para outras abordagens.
Todos os episódios de “Star Wars: Visions” estão disponíveis no Disney+.
Nota 5,0 de 5,0
Diego Juliani
Editor do LIBERAL, está no grupo desde 2010. Fã de um bom cinema com pipoca, séries que não dão sono e saudosista dos games dos anos 90, o que já entrega sua idade.
Quer saber sobre aquela série que está bombando na internet? Sim, temos. Ou aquele jogo que a loja do seu console vai disponibilizar de graça? Ok. Curte o trivial e precisa dos lançamentos do cinema? Sem problema, é só chegar.