Cinema
‘Central do Brasil’ é um filme que não envelhece
Por Agência Estado
24 de julho de 2020, às 07h33 • Última atualização em 24 de julho de 2020, às 11h41
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cultura/central-do-brasil-e-um-filme-que-nao-envelhece-1265789/
O filme “Central do Brasil”, de Walter Salles, é fruto da perfeita combinação de talentos – desde a interpretação de Fernanda Montenegro, Marília Pêra e do então pequeno Vinícius de Oliveira até o roteiro de João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein, além da trilha de Jaques Morelenbaum e Antonio Pinto, tudo são peças que se encaixam perfeitamente. O filme encantou o Festival de Berlim (que premiou Fernanda) e foi indicado ao Oscar.
A trama ainda é um primor de simplicidade, mas com engenhosa construção. Dora escreve cartas para analfabetos na Central do Brasil. Uma de suas clientes tenta reaproximar o filho do pai. Ao sair da estação, ela morre e Dora acolhe a criança, o menino Josué, partindo em busca do pai desaparecido.
Os pequenos dissabores humanos sempre interessaram muito a Walter Salles e aqui estão personificados na mulher que descobre um sentido para a vida desolada ao se unir a um menino em sua busca pelo pai.
E tanto o diretor como a atriz reconhecem que alma do filme está na interpretação de Vinicius, garoto descoberto por Salles no aeroporto Santos Dumont, engraxando sapatos. Sua espontaneidade surpreendeu o cineasta e tornou-se uma das principais marcas de um filme que não envelhece.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.