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SUCESSO

Best-seller mundial, ‘O Código Da Vinci’ completa 20 anos

Lançado em 2003, livro se tornou um best-seller mundial e até hoje atrai novos leitores

Por Marina Zanaki

14 de maio de 2023, às 07h58 • Última atualização em 14 de maio de 2023, às 07h59

Bibliotecária Roseli Tassi destaca que até os dias atuais a obra de Dan Brown desperta interesse - Foto: Marcelo Rocha_LIBERAL

O ano de 2003 foi marcado por um acontecimento literário. “O Código Da Vinci” chegou ao mercado americano e desembarcou no Brasil no início de 2004, atraindo uma legião de fãs. A história repleta de controvérsias, símbolos perdidos, segredos na Igreja Católica e investigações que se passam em cenários de tirar o fôlego foi costurada pela escrita viciante de Dan Brown, um dos maiores best-sellers da atualidade.

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O simbologista Robert Langdon é convocado para investigar um assassinato dentro do Museu do Louvre, em Paris. O caso, que já seria excepcional por seu endereço, revela ter ligações com uma sociedade secreta da época de Jesus Cristo. Esse é o ponto de partida da obra, que por mais de 400 páginas prende o leitor com inúmeras reviravoltas.

Bibliotecária da Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste, Roseli Tassi lembra que a fila de espera pela obra era tão grande na época do lançamento que foi necessário comprar vários exemplares. Hoje, são cinco unidades na Biblioteca Central, mas as bibliotecas do Léo Sallum, do CEU das Artes e a sala de leitura do Centro Cultural Tricânico também têm seus próprios exemplares. Mesmo passada a febre do lançamento, os livros seguem sendo emprestados, de acordo com Roseli.

“Percebemos que foi um livro muito vendido na época mesmo, porque sempre recebemos esse título em doações. Como temos em todas as unidades do município, colocamos para troca. E esse é um livro que chama a atenção, as pessoas correm trocar, não para no balcão”, revelou a bibliotecária.

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PREFERÊNCIA. Dan Brown é o escritor preferido do americanense Thiago Ramos Pereira, que trabalha como aeroviário em São Paulo. Ele leu “O Código Da Vinci” várias vezes, e há 20 dias reviu a adaptação que está disponível na Netflix. Para ele, as mesmas controvérsias que o livro levantou foram responsáveis por fazer com que as pessoas se interessassem pela obra.

“Toda essa reviravolta e os suspenses, a história que Jesus teria deixado descendentes, a revelação que o Santo Graal seria a descendência de Cristo com Maria Madalena, tudo isso me atraiu muito e a cada momento eu queria ler mais. É um gênero de livro que gosto muito, e o conjunto da obra me prendeu”, elogiou o americanense.

Se é difícil parar de ler uma obra de Dan Brown, é quase impossível encontrar quem tenha lido somente um de seus livros. Thiago “zerou” a obra do autor publicada no Brasil, incluindo os livros fora da série de Robert Langdon – “Fortaleza Digital” e “Ponto de Impacto”.

Ele lembra que varava madrugadas lendo as obras, e participava de comunidades no Orkut onde os leitores discutiam as teorias até altas horas. Thiago também leu o livro mais recente do autor, “Origem”, quinto capítulo da saga de Robert Langdon lançado em 2017. “Pode ter sido finalizada, mas também deixa o caminho aberto para uma continuação. É isso que eu e muita gente espera”, torce Thiago.

REFLEXÃO. “A fé é uma questão de escolha”. A frase dita por um cardeal a Robert Langdon em “Anjos e Demônios”, primeiro livro da série e que foi publicado no Brasil em 2005, marcou a vida da assessora de imprensa Cássia Gargantini, que mora em Campinas.

Envolvida por “O Código Da Vinci” e pelas outras obras da série de Robert Langdon, ela contou que, quando foi para o Vaticano, ficou procurando símbolos citados no livro. Apesar de todos os mistérios, para Cássia o aspecto mais interessante são as reflexões que o autor provoca sobre alguns dogmas, e a frase de “Anjos e Demônios” é o exemplo perfeito disso.

“Os livros de ficção que me interessam são os que fazem a gente refletir. A fé é uma questão de escolha e é nisso que baseio minha vida. Não discuto mais religião por causa disso. Nenhuma tem comprovação, a gente tem que escolher acreditar ou não. Mas, para mim, não acreditar deixa a vida muito vazia”, reflete a assessora de imprensa.

Editor descobriu obra antes mesmo da publicação nos EUA

O editor Geraldo Jordão Pereira teve acesso em primeira mão ao original do livro “O Código Da Vinci”, antes mesmo da publicação nos Estados Unidos. Apesar de ficção não ser o foco da editora Sextante, ele insistiu pela publicação em uma aposta certeira. Desde seu lançamento, já foram vendidos mais de um milhão de exemplares, o que faz do livro um dos maiores fenômenos literários no país.

Filho do célebre editor José Olympio, Geraldo era fã de histórias de suspense. De acordo com a editora, ele percebeu que havia algo especial na obra. Animado com a história e com a possibilidade de publicá-la no Brasil, ele insistiu com os filhos na aquisição do livro.

Falecido em 2008, Geraldo inspirou os filhos Marcos e Tomás da Veiga Pereira na criação de uma linha editorial volta a livros de ficção, que se transformou na editora Arqueiro, fundada em 2011. É nesta casa que “O Código Da Vinci” e os outros livros de Dan Brown seguem sendo publicados no Brasil.

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