Cultura na região
Coro Santo Antônio está em busca de novos timbres
Grupo musical está com vagas abertas para novos integrantes
Por Marina Zanaki
13 de maio de 2023, às 10h11
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cultura/cultura-na-regiao/coro-santo-antonio-esta-em-busca-de-novos-timbres-1954221/
Prestes a completar 75 anos de fundação e tombado como patrimônio imaterial de Americana, o Coro Santo Antônio está em busca de novos timbres para se renovar. Com 20 membros, o grupo musical está com vagas abertas para todos os naipes de vozes – tenor, baixo, soprano e contralto. A participação é gratuita e voluntária.
Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp
Além das músicas religiosas, o grupo também inseriu nos últimos anos repertório de músicas brasileiras e populares. A diversificação foi uma forma de manter os coralistas motivados, apresentar novos desafios e ampliar o leque cultural dos membros.
Septuagenário, o grupo se manteve ativo ao longo das décadas ao passar por transformações e se atualizar. Este ano, lançou a campanha “Venha cantar com a gente” justamente com esse objetivo. “Mais elementos são uma forma de renovação. Estamos em busca de mais cabeças pensantes. O grupo é democrático, vamos ouvir a opinião de todos e chegar num consenso para os diferentes tipos de música”, convidou o regente do coro há 25 anos, Luiz Sasseron.
Para participar, não é preciso ter experiência ou conhecimento musical. Será realizado um teste para definir em qual naipe o interessado se encaixa. Os encontros são às terças-feiras, das 19h30 às 21h, na sala Carmela Canciane do CCL (Centro de Cultura e Lazer) Americana.
Siga o LIBERAL no Instagram e fique por dentro do noticiário de Americana e região.
PATRIMÔNIO. O coro foi fundado em 30 de janeiro de 1949 pelo padre Nazareno Maggi, que posteriormente foi elevado a Monsenhor. A criação aconteceu em reunião da Congregação Mariana da Igreja Santo Antônio. “Foi fundado para abrilhantar as missas da igreja”, explica Luiz.
O grupo foi criado apenas com vozes masculinas, característica que persistiu até cerca de 15 anos atrás, quando se tornou polifônico e passou a admitir também mulheres. Outro capítulo de sua história foi a mudança de missas do latim para a língua de cada país, aplicada pelo Concílio Vaticano 2º na década de 1960. Com a alteração, vários membros se desligaram. Na época, Luiz Sasseron já era membro do grupo musical. Quando o coro foi fundado, existia apenas a Matriz Velha, e o grupo teve participação ativa na construção da Basílica Santo Antônio de Pádua.
O coro foi declarado patrimônio imaterial de Americana em decreto assinado em 2019 pelo ex-prefeito Omar Najar, após análise e aprovação pelo Condepham (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural de Americana). Na decisão, foi considerado que o grupo levou o nome de Americana por todo o Estado em suas apresentações e também é parte integrante da memória da cidade.
O coro participou de diversos eventos ao longo dos anos, indo além daqueles de caráter religioso. O grupo é parceiro da tradicional Cantata do LIBERAL, onde já se apresentou em várias ocasiões.