MÚSICA
Roger Marza lança novo álbum com paisagens sonoras
Trabalho estará disponível em 24 de junho, aniversário de Joana Peressinotto, mãe do artista, falecida em 2021
Por Marina Zanaki
20 de junho de 2023, às 09h59 • Última atualização em 20 de junho de 2023, às 10h01
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cultura/cultura-na-regiao/roger-marza-lanca-novo-album-com-paisagens-sonoras-1974617/
O músico americanense Roger Marza lança nesta semana seu quinto álbum, o “Naturalidade”. Morador de São Paulo, o artista encontrou na família que mora na região a inspiração para o trabalho, que utiliza paisagens sonoras para composição das canções. “Naturalidade” tem distribuição pela Tratore e estará disponível nas plataformas de streaming em 24 de junho, data do aniversário da mãe de Roger, a arquiteta Joana Peressinotto, falecida em 2021.

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A capa do álbum é um quadro de autoria da arquiteta, chamado “A dor da fome”. “Naturalidade” traz 12 improvisações livres ao sax alto com paisagens sonoras inspiradas principalmente nos familiares, como a cunhada, a sogra, os irmãos, tias, a esposa e o filho de Roger.
“Nos meus outros trabalhos, eu estava pensando mais na defesa da natureza, por meio das paisagens sonoras e na intenção da improvisação. Essa defesa continua, mas a motivação foi o amor por essas pessoas todas. E, também, por isso, a capa tem um quadro que minha mãe fez: ela era puro sentimento, motivação e alegria. Dói menos hoje viver sem ela por perto, mas a saudade é imensa. Nunca esqueço os seus conselhos e lembro de sua luta desde quando eu era pequeno”, contou Roger.
O músico trabalha com improvisações feitas com base em paisagens sonoras gravadas em Americana, como sons de pássaros e do vento; e outras na cidade de São Paulo e no Cerrado da Estação Ecológica de Itirapina, captadas e cedidas pelo professor Linilson Padovese, professor aposentado da USP (Universidade de São Paulo) e ex-coordenador do Laboratório de Acústica e Meio Ambiente da universidade. Assim como em seus trabalhos anteriores, Roger Marza gravou o álbum usando o celular. Ele também foi responsável pela mixagem de quase todas as músicas.
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“As paisagens sonoras me convidam a meditar, minha mente viaja com esses sons. E toco o que sinto quando minha mente vai até esses lugares. É claro, toco na medida do meu nível de estudo do instrumento. E preciso estudar muito, mas muito mais. Mas a inspiração vem da meditação, não penso em progressão de acordes, só sinto e vou tocando”, contou o artista sobre seu processo.
“Apesar de morar em São Paulo, Americana é minha casa, o espaço de socialização que tive na infância e na adolescência. E, agora que estou chegando perto dos 50 anos, várias memórias surgem. E esses sons, por mais que nunca mais se repitam, são o meu abraço às pessoas que fazem parte da minha vida”, finalizou Roger Marza.