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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Cultura na região

Via Crucis em Santa Bárbara ganha novo tom na 24ª edição 

Estreia foi nesta terça-feira; encenação segue até domingo no complexo da Usina Santa Bárbara

Por Marina Zanaki

06 de abril de 2023, às 09h04 • Última atualização em 06 de abril de 2023, às 09h05

Encenação do Via Crucis chega à 24a. edição com nova perspectiva - Foto: Divulgação - Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste

A história bíblica da crucificação e ressurreição de Jesus Cristo contada anualmente pelo Espetáculo Via Crucis, em Santa Bárbara d’Oeste, ganhou um novo tom em sua 24ª edição. Desta vez, a encenação ganha a voz do Espírito Santo e a história milenar é contada sob uma “nova” perspectiva.

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A encenação ocorre todos os dias até o domingo de Páscoa (9), sempre às 20h, no Complexo Usina Santa Bárbara, com entrada gratuita.

O espírito de Deus é personificado e interpretado por uma atriz. A personagem se faz presente em diversos momentos da encenação, seja narrando a trajetória de Jesus ou no segundo plano de uma cena mostrando seu poder e intercedendo entre Deus e seu filho.

Em edições anteriores do Via Crucis a história foi narrada por personagens que estavam próximos de Jesus durante a sua vida. “A perspectiva do Espírito Santo é totalmente nova porque é a sua própria história, desse Deus que é trino e é uno”, disse a atriz profissional e graduada em dança, Bruna Oliveira, que dá vida a personagem.

Para ela, o papel do espírito é demonstrar a imensidão do amor de Deus. “É a perspectiva de um Deus que é amor, que está conosco. A dramaturgia e a direção me trazem essa sensação de ser um Deus que abraça, que está ali, que está presente, que existe, e respira junto com Jesus enquanto conta novamente a história, que é a história dele próprio”, disse.

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De acordo com o diretor artístico do espetáculo, Otávio Delaneza, a escolha do Espírito Santo como narrador surgiu não apenas da busca pela inovação do Via Crucis – que é trabalhado de uma nova maneira a cada ano -, mas do sentimento de solidão, medo e angústia que a pandemia causou.

“Nós não somos só corpo, nós somos espírito também, nós somos mente, e aí a gente encontra um Deus trino, que é pai, filho e Espírito Santo”, disse. Otávio aponta que desta tríade, Jesus, que é filho, já é representado, assim como Deus no imaginário do público, mas que o espírito não.

“Espírito Santo é tido na Bíblia como a pomba que desce e abençoa Jesus no batismo, então a partir da ideia da pomba a gente começa a corporificar isso no corpo da atriz e na concepção do espetáculo. Então surge a ideia do Espírito Santo narrar esse ano e trazer essa ideia do Deus trino”, explicou.

Partindo dessa concepção, foi construído um personagem que tem o corpo leve e “flutua” pelas cenas, assim como a “fumaça, como espírito, brisa e vento”, usando a corporeidade da atriz, segundo o diretor.

“Ele [espírito] é citado como uma pomba, uma luz, mas a gente pode criar uma analogia desse Deus trino como o sol.

O sol como Deus, grande; o Espírito Santo como a luz, o calor que o sol irradia para a terra, que é tão importante para nós; e o filho como os seres humanos, os animais, as plantas, que precisam desse raio para poder sobreviver”, destacou o diretor sobre a importância do personagem que dá voz à história. 

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