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8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
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MEIO AMBIENTE

A mudança começa em nós

Nutricionista e professora queriam fazer algo em prol do meio ambiente e começaram por meio de pequenas ações em casa

Por Maria Eduarda Gazzetta

05 de junho de 2022, às 09h55 • Última atualização em 06 de junho de 2022, às 07h25

“Não podemos responsabilizar o outro. Temos que começar a fazer algo e assim podemos influenciar outras pessoas a mudarem também. O pouco que a gente faz, faz diferença”. É assim que a nutricionista Camila da Silva Santos, de 29 anos, moradora de Nova Odessa, justifica as mudanças em sua casa em prol do meio ambiente.

Camila conta que há quatro anos começou a pensar em ações diferentes na sua rotina. “Sempre vi essa questão do meio ambiente com a visão cristã. Deus nos deu para usarmos com sabedoria, cuidado e precaução e isso sempre ficou na minha cabeça”.

Ela relata que desde então começou com a separação do lixo reciclável do orgânico, e com o que sobrava, criou uma composteira no quintal da própria casa.

Nutricionista Camila da Silva Santos deu preferência para fraldas reutilizáveis no cuidado com a filha – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

As ações voltadas para o meio ambiente foram aumentando junto com a família. Quando casou, ela e o marido passaram a usar desodorante feito com bicarbonato e leite de magnésio e, quando não encontram para comprar, usam sem alumínio. Na higiene pessoal, escova de bambu.

Para limpar a casa, Camila trocou os produtos convencionais por água, sabão, vinagre e álcool, conhecidos como kit da limpeza natural. O sabão para lavar louça e roupa foi substituído por um que ela mesma fazia e chegou a usar até bucha vegetal para as louças.

“Claro que tem coisas que adaptamos. A bucha vegetal não temos encontrado para comprar, o sabão caseiro não tem surtido efeito para as roupas da minha filha de quase dois anos, ele não é tão eficaz, mas compramos outro que sabemos que tem menos agressão ao meio ambiente”, relata.

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Ainda dentro da rotina familiar, a regra é clara: não pegar sacolas de plástico no supermercado. Camila conta que quando vão às compras, ela e o marido optam por usar caixas de papelão ou sacolas retornáveis. Durante as refeições, o guardanapo é de tecido.

“Eu vejo que tem aumentado essa consciência ecológica e a indústria tem visto essa demanda. As marcas têm se mobilizado para que haja mudança, porque é lucrativo para a indústria também. Tem coisas que são bem mais caras quando é ecológico, mas a tendência, eu acho, é que esses produtos sejam mais acessíveis”, conclui.

SEM CARNE. A professora Clarissa de Oliveira, de 40 anos, que mora em Americana, também mudou sua rotina para trazer melhoria ao meio ambiente. Há três anos, ela começou a pesquisar sobre a produção de carne e decidiu se tornar vegetariana. “Para a produção, as empresas usam muitos recursos do meio ambiente, então eu fui reduzindo até não consumir mais”.

O objetivo de Clarissa é fazer ainda mais. A professora relata que está no processo de se tornar vegana. “Vai além do consumo de produtos de origem animal, tem a ver com a origem das roupas e tudo o que eu for consumir”, explica.

Professora Clarissa de Oliveira separa o lixo reciclável do orgânico há pelo menos dez anos – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

Assim como Camila, a professora diz que é difícil encontrar produtos veganos ou vegetarianos e, quando encontra, é por um preço alto. No entanto, Clarissa diz que a indústria caminhou mais do que há três anos, quando ela sentia que não havia opção nenhuma para quem não queria consumir produtos de origem animal.

Além da mudança na alimentação, Clarissa separa o lixo reciclável do orgânico há pelo menos dez anos. Ainda de acordo com ela, o processo já é um hábito dentro de casa. Sobre os produtos de limpeza e de higiene, a professora relata que também dá preferência para comprar os biodegradáveis, para aqueles que não são testados em animais e aos que não têm origem animal.

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