25 de abril de 2024

Notícias em Americana e região

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

MEIO AMBIENTE

‘Joia’ escondida no meio da cidade

Repleto de beleza natural, parque da Gruta Dainese já foi um ponto de encontro no passado

Por Rodrigo Alonso

05 de junho de 2022, às 09h54 • Última atualização em 05 de junho de 2022, às 09h55

Americana tem, no meio da cidade, uma área de 490 mil metros quadrados repleta de beleza natural, porém menos aproveitada do que poderia. A Gruta Dainese, como é chamada, já foi um ponto de encontro no passado, mas hoje está, de certa forma, escondida da população.

Devido ao potencial do local, a prefeitura tem um projeto que visa transformar a Gruta numa referência turística, com direito a atrações como teleférico, ponte pênsil, mirante, concha acústica, área de alimentação, playground, ciclovia e pista de caminhada.

No entanto, para a ideia sair do papel, há a necessidade recursos, segundo a administração municipal, que tem buscado apoio do governo federal. “Tem potencial para mais. É uma joia rara sendo lapidada”, ressalta o secretário de Meio Ambiente, Fabio Renato de Oliveira.

Gruta Dainese (5).JPG – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Enquanto esse sonho não vira realidade, a prefeitura tem atuado com foco na manutenção, fiscalização e conscientização, de acordo com Fabio.

“Nós estamos dando manutenção principalmente nas áreas de APP [Área de Preservação Permanente] que circulam a Gruta. E estamos fazendo o cercamento de alguns pedaços, de algumas ruas, colocando as placas educativas, mostrando que é proibido descarte de resíduos, de lixo”, afirma.

A Secretaria de Meio Ambiente tem desocupado áreas irregularmente utilizadas às margens da Gruta e tentado coibir o despejo de esgoto no local, conta Fabio.

Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp

Ele lembra que, nesta época do ano, também há uma preocupação com queimadas. “Numa época seca dessa, se tem um plantio novo e vem um fogo desse, perde todo o trabalho e começa novamente.”

Existe um trabalho, inclusive, voltado para educação ambiental nas escolas, no qual se destaca a importância da Gruta, diz o secretário.

PASSADO. No entanto, décadas atrás, a realidade da Gruta era outra, segundo a aposentada Neusa Maria Carolino Pereira da Silva, de 70 anos, que frequentava a área.

Maria Carolino tomava da água que corria pela Gruta Dainese – Foto: Arquivo Pessoal

Naquela época, conta, famílias e amigos costumavam passear no local, onde se fazia até piquenique. “Era muito bom. Tinha aqueles pés de samambaia, e a gente pendurava, tirava fotografia”, lembra Neusa, que também levava os filhos para a Gruta.

Para ela, o parque poderia ser mais do que é. “Tem de ter uma melhoria boa ali. Por exemplo, se fizer um ponto de turismo ali, vai ‘arrebentar’ o comércio ali dentro, porque tem coisa natural lá”, afirma.

BELEZAS. Na Gruta, existem árvores nativas emergentes, cinco nascentes e sete quedas d’água com alturas que variam de 5 a 18 metros, além de uma vegetação típica de Mata Atlântica e Cerrado. Há, ainda, uma passagem subterrânea para animais sob a Rua Florindo Cibin, onde foi feita a transposição.

A prefeitura também tem feito plantios de diferentes espécies no local. “A gente faz esses plantios visando à recomposição ambiental”, diz Cícero Aparecido Moura de Jesus, diretor da Uflap (Unidade de Fiscalização, Licenciamento Ambiental e Projetos).

O parque fica entre os bairros São Jerônimo, Jardim da Paz, Jardim Bazanelli, Jardim São Roque, Morada do Sol, Parque da Liberdade, Parque das Nações, Parque Gramado e Jardim da Balsa.

Publicidade