Atletismo
Com Felipe Bardi na equipe, 4x100m é desclassificado no Mundial
Apesar da equipe chegar em segundo lugar, acabou desqualificada após Derick Souza pisar na linha da raia
Por Agência Estado
02 de maio de 2021, às 16h44 • Última atualização em 30 de junho de 2021, às 17h58
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/esporte/com-felipe-bardi-4x100m-e-desclassificado-no-mundial-1505328/
Com o americanense Felipe Bardi na equipe, o Brasil defendia o inédito título conquistado em 2019 na prova dos 4x100m masculino no Mundial de Revezamentos da Polônia, no estádio da Silésia, na cidade de Chorzow.

Apesar da equipe chegar em segundo lugar, acabou desqualificada. Derick Souza pisou na linha da raia e os atletas acabaram frustrados depois de comemorar o resultado.
Rodrigo Nascimento abriu, seguido de Felipe Bardi, Derick e Paulo André Camilo de Oliveira, que completou a prova muito perto de Akami Simbine, que fechou pela África do Sul. Os sul-africanos venceram a final com 38s71, seguidos da Itália, com 39s21, e do Japão, com 39s42.
Apesar da eliminação, o Brasil teve o que comemorar neste domingo ao conquistar a medalha de prata na prova do 4×400 metros misto do Mundial. Sob um frio de 7 graus, com sensação térmica de 3, Anderson Henriques, Tiffani Marinho, Geisa Coutinho e Alison Santos completaram a distância em 3min17s54. A Itália ficou com o ouro, com 3min16s60, enquanto que a República Dominicana levou o bronze, com 3min17s58.
O revezamento 4x400m misto é uma prova nova, que estreará no programa olímpico em Tóquio-2020. O Brasil já estava qualificado para a Olimpíada porque foi finalista no Mundial de Doha, no Catar, em 2019, e agora ratificou a sua participação, com ótimo desempenho de Alison Santos, que pegou o bastão de Geisa na quinta colocação e foi superando os adversários até a linha de chegada.
Especialista nos 400 metros com barreiras, Alison, de 20 anos, é a maior revelação do atletismo brasileiro nos últimos anos. É o atual campeão sul-americano, dos Jogos Pan-Americanos e da Universíada de Nápoles, na Itália, além de ter sido finalista em Doha.
Com o resultado, o Brasil melhorou o sexto lugar no Mundial de Yokohama, no Japão, em 2019, e agora surge como uma força para brigar por boa colocação nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.
“Tínhamos o objetivo de brigar pela medalha. Conseguimos a prata, o que é um grande reconhecimento pelo trabalho de toda a equipe. Já estávamos garantidos em Tóquio e agora já temos vaga assegurada para o Mundial do Oregon-2022. Todos estão muito felizes e que bom dar um resultado para os atletas dos 400 metros”, comentou o treinador Evandro Lazari.
Sábado
Já 4x100m feminino foi desqualificado no sábado após vencer a primeira série semifinal porque Ana Carolina de Azevedo teve um desequilíbrio e também pisou na linha da raia estranhamente com o pé direito. Rosangela Santos, que fechou a prova, mostrou a sua frustração.
“Perdemos para a gente mesmo por uma fatalidade. Peço desculpas para todos que torceram pela gente. Treinamos muito. Não foi erro de passagem, ninguém saiu antes”, comentou a recordista sul-americana dos 100 metros, com 10.91, e medalha de bronze no revezamento 4x100m nos Jogos de Pequim-2008. “Agora é buscar as duas vagas que faltam para a Olimpíada pelo Ranking da World Athletics”, completou. Correram também Vitoria Rosa e Ana Claudia Lemos. O ranking para entrar nos Jogos fecha no dia 29 de junho.
Para o presidente do Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Wlamir Motta Campos, a campanha do 4x400m misto foi muito boa.
“Foi um resultado excelente, que motiva demais. Uma prova nova, onde o Brasil com certeza tem um potencial de crescimento muito grande. Então estou confiante que nós tenhamos uma grande participação nos Jogos Olímpicos. Meus cumprimentos a todos os atletas, seus treinadores individuais e equipes multidisciplinares pelo trabalho sensacional. Com relação ao 4x100m, feminino e masculino, tenho certeza de que estamos no caminho certo. Estamos falando de alto rendimento em que não podemos ter erro. Tivemos falhas técnicas, mas é olhar para frente”, disse.