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8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
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Parabadminton

Atleta de Sumaré busca apoio para competições

Ana Gomes se dedica ao esporte desde 2019 e sonha com os Jogos Paralímpicos de 2024

Por Lucas Ardito*

05 de maio de 2023, às 07h39 • Última atualização em 05 de maio de 2023, às 08h02

Uma das melhores do mundo em sua modalidade, ocupando a 11ª posição no ranking individual e 7º lugar na classificação em duplas. Mesmo assim, não há nenhum apoio. Essa é a realidade da atleta de parabadminton Ana Gomes, moradora de Sumaré, que sonha em se classificar para os Jogos Paralímpicos de 2024, em Paris.

Aos 42 anos, ela se dedica à modalidade desde 2019, treinando gratuitamente quatro vezes por semana em uma associação esportiva sem fins lucrativos, em Campinas. Sua história com o esporte começou após sofrer um acidente de carro, em 2015, que causou uma lesão na vértebra T10 e a deixou cadeirante.

Paratleta deve visitar mais de dez países em competições neste ano – Foto: CBBd / Divulgação

Depois de praticar natação, handebol e arco e flecha, Ana se encontrou no parabadminton. “Inicialmente, eu fazia por lazer e para ocupar o tempo, porque o acidente muda a sua vida totalmente, no início você se sente perdida. O esporte ajudou a me reencontrar novamente”, diz a atleta.

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Atualmente, Ana Gomes é a 11ª colocada no ranking mundial da BWF (Badminton World Federation) na categoria WH1, destinada para cadeirantes com maior comprometimento motor. Na modalidade em duplas, competindo com Daniele Souza, ocupa o 7º lugar.

Já no cenário nacional, o destaque é ainda maior. No ranking mais recente disponibilizado pela CBBd (Confederação Brasileira de Badminton), em março deste ano, Ana ocupa a 4ª posição na categoria simples feminina WH1. Competindo por duplas, de novo com Daniele, ocupa o 2º lugar.

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Apesar dos bons números, Ana não tem nenhum patrocínio. Os custos das viagens, hospedagens e alimentação para as competições são pagos por ela mesma, com apoio de familiares. Ela diz que já tentou apoio municipal, mas que não há retorno.

Paratleta realiza seus treinamentos em Campinas – Foto: CBBd / Divulgação

“É um sentimento de frustração. Nos dias de hoje se fala tanto em inclusão e, quando a gente luta e vai atrás de algo igual o paradesporto, não é fácil. Quando você está quase lá e precisa de ajuda financeira para concluir os objetivos, o município não te ajuda com nada”, explica.

A próxima competição da paratleta será na Tailândia, disputada entre os dias 9 e 14 de maio. A atleta diz que para continuar pontuando e manter seu lugar nos rankings é preciso participar de todas as competições. Até o fim do ano, a previsão é de campeonatos em dez países diferentes, espalhados por América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e Oceania. *Estagiário sob supervisão de Guilherme Magnin

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