Esportes da região
Rio Branco faz a quitação de 70 dívidas trabalhistas na Justiça
Venda de Vanderson ajudou no pagamento dos débitos reconhecidos pela Justiça do Trabalho
Por Rodrigo Alonso
29 de outubro de 2022, às 08h08 • Última atualização em 29 de outubro de 2022, às 08h09
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/esporte/esportes-da-regiao/rio-branco-faz-a-quitacao-de-70-dividas-trabalhistas-na-justica-1856781/
O Rio Branco quitou todas as 70 dívidas trabalhistas que estavam reconhecidas há anos pela Justiça do Trabalho, conforme o TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região) informou ao LIBERAL nesta sexta-feira. Os pagamentos ocorreram com a ajuda da transferência do lateral-direito Vanderson.
O jogador passou pelas categorias do Tigre em 2018, quando defendia a categoria Sub-17, e foi vendido pelo Grêmio, de Porto Alegre, ao Monaco, da França, em janeiro deste ano. O clube americanense tinha direito a 9% do valor da venda, fechada em 11 milhões de euros (R$ 67 milhões na cotação da época).

Porém, por conta dos débitos trabalhistas, a Justiça bloqueou o valor que cabia ao Rio Branco e destinou uma parte aos credores.
Segundo o vice-presidente jurídico do Tigre, Claudio Bonaldo, repasses da FPF (Federação Paulista de Futebol) e a venda, em 2020, de uma área verde de 3 mil metros quadrados do estádio Décio Vitta também contribuíram para a quitação das dívidas.
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Os pagamentos somaram R$ 2,1 milhões, de acordo com o TRT. Claudio apontou que, pelo que ele sabe, ainda há um “resquício” a ser destinado aos credores. No entanto, ele afirmou que os valores em juízo são suficientes para quitar os processos.
“Não tenha dúvida de que existe um alívio, porque isso incomoda muito. Não só as trabalhistas, mas como alguns processos cíveis também. Mas, tirando a trabalhista da frente, a gente ganha fôlego agora para negociar os processos na esfera cível”, disse.
Apesar de ter quitado os débitos com os credores, o Rio Branco ainda tem uma pendência na Justiça do Trabalho.
Trata-se de uma multa de R$ 1 milhão imposta a pedido do MPT (Ministério Público do Trabalho), que havia entrado com uma ação contra o Tigre em 2007, por conta de falta de pagamento a funcionários. No entanto, existe a possibilidade de acordo.