Revista L Educação
Atividades complementares ajudam na formação do aluno
Para além do currículo escolar obrigatório, programação promove o desenvolvimento cognitivo, social, psicológico e motor das crianças
Por Natália Velosa
09 de novembro de 2021, às 10h02 • Última atualização em 09 de novembro de 2021, às 10h03
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/mais/bem-estar/atividades-complementares-ajudam-na-formacao-do-aluno-1647767/
Música, dança, língua estrangeira, educação financeira, karatê, contação de história, natação, horta. Além do currículo escolar obrigatório, as atividades complementares estão cada vez mais presentes nas aulas de educação infantil e ocupam um papel importante no desenvolvimento e formação do aluno.
Com atividades diferenciadas ou diversificadas, o objetivo maior do conteúdo complementar é abranger e desenvolver as várias habilidades e competências do aluno, que vão além do conhecimento acadêmico.

Um exemplo é trabalhar com a música. A coordenadora pedagógica do Colégio Politec, Rebeca Klava Sacannavino, explica que na musicalização infantil oferecida pelo colégio, a professora especialista trabalha os diferentes sons e ritmos e canto de músicas com os alunos para incentivar a oralidade.
“A criança precisa ver, ouvir e fazer. Assim ela interioriza a aprendizagem e sente o prazer de fazê-la”, explica Rebeca.
Na visão da diretora pedagógica do Instituto Educacional de Americana, Carla Miranda, as atividades complementares são essenciais para um desenvolvimento que integre cognitivo, social, psicológico e motor das crianças.
Essas atividades acabam sendo interdisciplinares e estimulam o aluno a “colocar a mão na massa”, diz Carla.
Na horta, por exemplo, que é oferecida no colégio para as crianças a partir de um ano, os alunos cuidam e comem posteriormente os alimentos produzidos, além de entenderem sobre as plantas e quanto economizam com a produção própria. Com isso, aprendem sobre responsabilidade, educação financeira, nutricional, tecnologia e ciência.
Para que a atividade aconteça e atinja o objetivo necessário, é preciso que a criança esteja aberta a participar. Para isso, Carla Miranda explica que o aluno precisa estar bem emocionalmente. “Para a aprendizagem acontecer, eu preciso estar feliz, estar bem naquele lugar, me dar bem com as pessoas”, explica.
A criatividade também é outro fator importante para a participação do aluno. A doutora da faculdade de educação e também professora da faculdade de pedagogia da PUC-Campinas, Heloisa de Azevedo, explica que o aluno já tem a obrigação das tarefas de casa, que estão dentro do currículo escolar. Para ele querer participar de novas atividades, é necessário agradá-lo e estimulá-lo como uma atividade divertida.
Para isso, o apoio dos professores é essencial. Eles conhecem a turma e suas necessidades e poderão auxiliar no desenvolvimento em diferentes contextos.
“O mais importante na escola é aprender a pensar, parar de copiar e imitar. Pense por você, diga o que você está pensando e coloque em prática. As atividades complementares podem ser um grande estimulador
disso”, conclui Heloisa.