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Bem-Estar

Dicas para estimular crianças a comerem lanches saudáveis

Por Senac

30 de dezembro de 2022, às 11h03

Os problemas decorrentes na alimentação infantil no Brasil apresentam dados preocupantes. No período de 2015 a 2021, os índices de desnutrição voltaram a crescer, principalmente na população em situação de vulnerabilidade social. Por outro lado, aumentou o percentual de crianças e adolescentes, entre 5 e 19 anos, com sobrepeso (14,5% para 17,6%) e obesidade (5,5% para 8,3%).

Essa condição pode ser explicada por dificuldades financeiras das famílias ou ainda, pela falta de acesso a uma educação alimentar saudável. Apesar da implementação do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a situação de insegurança nutricional ainda não alcançou a meta proposta que era diminuir 20% de ambos os problemas, considerados de saúde pública.

As informações servem de reflexão para pais e mães que procuram proporcionar uma alimentação saudável para os filhos. Afinal, os produtos ultraprocessados e com açúcar interferem no paladar em formação, por causa da quantidade de açúcar e sal, e a praticidade de serem comercializados prontos para o consumo.
Conversamos com a docente dos cursos de gastronomia e alimentação saudável do Senac EAD, Roseli Candeo, para confirmar se é possível criar o hábito de uma dieta nutritiva desde a introdução alimentar. A especialista defende a proposta e destaca a importância dos pais ou responsáveis.
“É totalmente possível iniciar uma alimentação equilibrada, a partir da aprovação do pediatra que acompanha o desenvolvimento da criança. Como é a fase do reconhecimento dos sabores, é importante não os alterar, como por exemplo adicionando açúcar ou mel em frutas”, argumenta.

Outro ponto destacado pela educadora é sobre os pais que não têm uma alimentação saudável, mas querem que os filhos aprendam a comer vegetais, legumes e frutas. “Se os pais não consomem produtos naturais e minimamente processados, dificilmente a criança conseguirá manter a preferência”.

Vilões da boa alimentação

De acordo com o guia para alimentação saudável, divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), até os dois anos de idade, a criança adquire o gosto por alimentos saudáveis que pode durar por toda a vida. Desse modo, ao introduzir frutas e vegetais, os genitores estão contribuindo para a saúde da criança.

Roseli lembra que o açúcar é viciante e dá um exemplo prático. “Se em uma mesa tivermos sucos naturais e refrigerante, é claro que a criança dará preferência ao produto com mais açúcar. Então cabe a família adotar uma dieta conjunta, evitando esses produtos”, pontua.

Uma dica importante para as famílias é checar o rótulo dos alimentos antes de comprá-los. Desse modo é possível ter conhecimento das substâncias existentes na formulação, como por exemplo, os aditivos alimentares. A título de esclarecimento são descritos como: aromas naturais, aromas artificiais, intensificadores de sabor, corante caramelo, emulsificante lecitina de soja, entre outros.

Como incentivar o consumo de bons alimentos

De acordo com a docente do Senac EAD, a criança desde pequena tem fascínio pela elaboração de alimentos, então, uma forma de estimular é convidando para decoração de um prato, por exemplo. “Inicialmente é importante levar em conta a idade da criança e não correr risco com talheres ou alimentos quentes. Uma sugestão interessante é colocar os legumes da salada, cortados e higienizados, para que os pequenos criem decorações”.

Uma alternativa que pode ser muito prazerosa para as crianças é a participação na produção de biscoitos, já que elas têm a possibilidade de modelar a massa, ou ainda, ajudarem na decoração com confeitos e glacês. Apesar da bagunça, com certeza é um exercício de criatividade positivo.

Roseli destaca que a apresentação dos pratos com formatos semelhante a bichinhos ou carinhas é uma opção empregada na época da introdução alimentar. Contudo, é preciso dissociar aos poucos, para não infantilizar a comida. “Uma boa maneira de substituir essa etapa, é criar uma horta onde a criança plante e acompanhe o desenvolvimento do alimento. Esse recurso é utilizado em escolas e demonstra resultados positivos no desenvolvimento cognitivo”.

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