ALÉM DAS MEDIDAS
Audi RS3 evolui na esportividade e mantém a combinação de versatilidade e conforto
Modelo pode ser classificado como um alto representante da família Audi Sport
Por Jonathan Miranda / Auto Press
10 de setembro de 2022, às 16h07
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/mais/motors/audi-rs3-evolui-na-esportividade-e-mantem-a-combinacao-de-versatilidade-e-conforto-1830287/
Sem levar em conta os aspectos românticos, é preciso reconhecer que o RS3 é um sedã prático, com um porta-malas com razoáveis 321 litros de capacidade, mas também visualmente é espetacular e impressionantemente sexy. A compra obedece, necessariamente, mais à paixão do que à razão.
Este modelo pode ser classificado como um alto representante da família Audi Sport, o que o coloca imediatamente como um esportivo de primeira linha. Tanto que, em plena Era dos SUVs, quando alguns já brilham por sua esportividade, o menor sedã da Audi consegue se impor por design, funcionalidade, tecnologia e muito alto desempenho.
No Brasil, não há mais nenhum sedã preparado pela Audi Sport. Por aqui chegam apenas o cupê de quatro portas RS5, a station RS6 Avant, o SUV RS Q8 e o 100% elétrico RS e-tron GT.

A unidade de teste do RS3 era na chamativa e sedutora cor Kyalami Green, com sua carroceria larga, rodas de 19” em acabamento preto fosco com detalhes polidos, com assinatura em led trabalhada e entradas de ar funcionais. Pressionando o controle remoto da chave, os faróis em matriz de led e as luzes dinâmicas funcionam para um elegante festival de boas-vindas.
A personalidade do modelo está em tudo: detalhes em fibra de carbono, os anagramas e logotipos em preto, sem qualquer traço enfadonho de cromo, além da enorme grade frontal inteiriça, a famosa single frame e o enorme sistema de escape, ladeando o difusor traseiro.
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Em contraponto com o exterior, o habitáculo reafirma a condição de sedã premium. Está presente simplesmente tudo o que se precisa ou espera: conectividade, ergonomia para uma condução esportiva e muito luxo nos materiais, texturas e acabamentos.
Chama atenção o arranjo dos componentes, voltados para quem está sentado ao volante, principalmente por conta do novo Virtual Cockpit da Audi, que agora é de 12,3 polegadas, enquanto a tela touch da central multimídia mantém suas 10,1 polegadas.
O volante esportivo multifuncional do RS3 traz paddle shifts e é forrado em Alcântara e, no caso da unidade de teste um discreto olho mágico em verde – este detalhe muda de acordo com a cor externa do modelo. O sedã estava equipado com o pacote RS, que inclui tapetes, cintos de segurança, costuras e entradas de ar com detalhes na cor da carroceria. Com tudo isso, é possível ignorar o infeliz design da “alavanca” de marchas, que agora mais parece uma tecla de disjuntor.
Dirigindo
Ao toque do botão de ignição, o propulsor 2.5 litros TFSI acorda. São redondos 400 cv de potência e 51 kgfm de torque. E a sinfonia desse motor turbo com cinco cilindros é acompanhada por um elegante desfile de indicadores no cockpit virtual, que pode ser mais escalafobético ou mais discreto, de acordo com a configuração escolhida.
No menu é oferecida a nova função RS Runway, que emula digitalmente um indicador aeronáutico e é acompanhado pelo indicador de força G, aceleração e rotações. Uma novidade bem funcional é o Head up Display.
Embora o Audi RS3 sedã também possa tanto ser um transporte amigável do dia a dia quanto um excelente GT em ambiente rodoviário, a realidade é que ele pode mais.
Este carro grita para encarar uma pista para provar seu valor. E as configurações do Audi Drive Select – Comfort, Auto, Dynamic, RS Individual e Efficient – conseguem realmente adequar o carro à função desejada. O motor está sempre pronto para subir os giros e entregar potência sem qualquer timidez. E basta uma redução de marcha liberar toda a fúria e fazer tudo acontecer muito rapidamente. O zero a 100 km/h é feito em apenas 3,8 segundos.