Motors
Ford Maverick chega ao mercado brasileiro
Versão escolhida para o Brasil foi a Lariat, mais luxuosa da gama, acrescida com o pacote de visual off-road FX4
Por Eduardo Rocha / Auto Press
26 de fevereiro de 2022, às 10h53
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/mais/motors/ford-maverick-chega-ao-mercado-brasileiro-1721507/
Em diversos mercados, Brasil incluso, a Ford decidiu concentrar seus esforços em picapes e SUVs e deixar de lado segmentos considerados decadentes. No entanto, a marca parece ter aproveitado muito bem todo o know-how acumulado na construção de sedãs e aplicou na Maverick.
O modelo chega agora ao Brasil com a missão de explorar um segmento mais requintado entre as picapes médias, com bastante luxo, conforto e comportamento dinâmico esportivo.
A versão escolhida para o Brasil foi a Lariat, mais luxuosa da gama, acrescida com o pacote de visual off-road FX4. O que é coerente com a ideia da marca de posicionar a novidade no segmento premium – com preços próximos aos modelos intermediários das picapes médias-grandes, como a própria Ranger, da Ford. O preço, de R$ 239.990, também segue esta lógica.
Para manter o valor sob controle, a Ford não dotou a Maverick com muitos itens tecnológicos. O modelo traz apenas os itens que são imprescindíveis para um carro que pretende vender a ideia de requinte.
O automóvel traz tela de toque central de 8 polegadas com um central multimídia Sync 3, compatível com Apple CarPlay e Android Auto, espelhamento via cabo, aplicativo de celular Ford Pass, com funções como status e localização do carro e acionamento remoto do motor, ar-condicionado digital duplo, acabamento em couro, banco do motorista com ajuste elétrico e rodas de 17 polegadas pintadas de preto.
O modelo vem com painel com uma tela de TFT entre os instrumentos com 6,5 polegadas e diversos dados, inclusive inclinômetro no modo off-road. Por dentro, há uma certa familiaridade com o Bronco Sport, principalmente por conta dos detalhes em bronze metálico e os bancos em marrom e preto. Mas a Maverick tem própria personalidade e bem definida. A qualidade de montagem é impecável.
Para o Brasil, a Ford optou pelo mesmo propulsor usado no Bronco. Trata-se de um 2.0 Turbo EcoBoost com injeção direta, que rende 253 cv de potência e 38,7 kgfm de torque. São 13 cv e 0,7 kgfm a mais que no Bronco, por conta de modificações implementadas na transmissão, com alongamento da relação final. A caixa de câmbio automática tem oito velocidades que enviam potência para todas as quatro rodas, através de um sistema AWD, com prioridade para as rodas dianteiras.
A Maverick conta ainda com cinco modos de condução: normal, reboque, escorregadio, areia e lama. Estes dois últimos são adicionados pelo pacote FX4, que inclui controle de descida.
Além disso, o pacote traz detalhes como gancho dianteiros expostos, encaixe para reboque com pré-instalação elétrica, placa de escorregamento (ou peito de aço) e também sistema de arrefecimento reforçado.
Ela mede 5,07 metros, ou 28,2 cm a menos que um Ranger, mas 12 cm a mais que a Fiat Toro. A caçamba é maior do que parece à primeira vista. Ali se encontram ganchos para amarrar a carga, tomadas de corrente de 12 volts e protetor de caçamba como padrão.
Embora compartilhe uma plataforma com o Bronco Sport, não há nenhuma peça na carroceria que seja compartilhada com o SUV. A picape da Ford tem uma frente muito reta, capô muito plano, com apenas dois vincos bem marcados. Os grupos óticos dianteiros e traseiros, por outro lado, são muito grandes e chamativos.
Chama a atenção o fato de os pneus serem de uso misto, Pirelli ATR, para um uso na cidade e estrada, apesar de ser uma versão FX4, orientada visualmente para off-road. A Ford não indica que volume de vendas espera obter com o novo modelo, mas pelo tamanho dos lotes importados e pelo desenho do mercado de picapes, a avaliação é que a Maverick deve ficar entre 500 e 800 unidades mensais.