Nivelado por cima
Honda City Touring ocupa o lugar do Civic
Modelo tem o melhor desempenho de vendas dos últimos sete anos
Por Eduardo Rocha / Auto Press
21 de janeiro de 2023, às 10h34
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/mais/motors/honda-city-touring-ocupa-o-lugar-do-civic-1897619/
A indústria brasileira sofreu um processo de esvaziamento nos últimos anos. Exatamente por isso, os fabricantes passaram a produzir por aqui apenas modelos com volumes maiores, que possam oferecer economia de escala. Uma das vítimas mais evidentes desse processo foram os sedãs médios.
Para dar uma ideia, em 2015, eram oferecidos no mercado nada menos que 13 modelos de marcas generalistas, que somavam vendas anuais de 160 mil unidades. Atualmente, são apenas cinco modelos, que totalizam 55 mil exemplares – 43 mil deles de Toyota Corolla.

Por conta dessa derrocada, na mudança de geração do Honda Civic, em vez de manter a produção local, a marca decidiu passar a importá-lo. Mas não há vácuo de mercado e a fabricante tratou de investir na sofisticação da nova geração do sedã compacto City, principalmente em relação aos recursos tecnológicos, para ocupar o espaço de seu antigo sedã médio.
Deu certo. Tanto que a sexta geração do sedã – terceira brasileira – emplacou em 2022 mais de 22 mil unidades. Nos dois anos anteriores, no final da antiga versão, vendeu em torno de 7 mil unidades. Entre 2016 e 2019, as vendas rondavam as 16 mil unidades por ano.
E o protagonista nesse novo papel do City é a versão Touring, que traz todo o arsenal tecnológico despejado pela marca japonesa no sedã compacto. O preço é coerente com esta pretensão, R$ 135,6 mil.
Um dos principais pontos de diferenciação no conteúdo dessa versão é a segurança. Ela traz o pacote Honda Sensing, que inclui controle de cruzeiro adaptativo, alerta de colisão com sistema de frenagem autônomo com detecção de pedestres, sistema de assistência de permanência em faixa com ação indutiva na direção e farol alto automático.
Tem ainda seis airbags, faróis full led e sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, e câmera de ré. Já na parte de conforto, o City Touring traz acabamento em couro, chave presencial para travas e ignição, painel com tela em TFT de 7 polegadas, central multimídia com tela de 8 polegadas e espelhamento sem fio de Android Auto e Apple CarPlay, carregador de celular por indução, ar-condicionado digital e espelho eletrocrômico.
MOTORIZAÇÃO
Já o motor do City não impressiona à primeira vista. Isso porque os principais rivais – como Volkswagen Virtus, Chevrolet Onix Plus e Hyundai HB20S – dispõem de motores turbo, enquanto a Honda optou por um propulsor aspirado – como, aliás, acontece com os rivais japoneses Toyota Yaris e Nissan Versa.
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Z A busca aqui foi por uma maior eficiência de consumo, com índices A na categoria e B no geral, segundo o InMetro.
O motor atual 1.4 l usa a base da geração anterior com diversas evoluções, como cabeçote com duplo comando variável de válvulas com injeção direta de gasolina e etanol e um bloco redesenhado para otimizar o arrefecimento.
Com isso, ficou entre os mais potentes do segmento, sempre com 126 cv de potência, com torque de 15,5/15,8 kgfm, com gasolina e etanol. O câmbio é o mesmo CVT que já equipava o modelo, com modo manual de sete marchas simuladas e paddle shifts no volante.