Motors
Na versão Impetus, Fiat Fastback se equilibra entre conteúdo e preço
Fastback tem obtido um volume de emplacamentos respeitável, próximo a 2.800 unidades por mês unidade
Por Eduardo Rocha - Auto Press
11 de junho de 2023, às 10h45
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/mais/motors/na-versao-impetus-fiat-fastback-se-equilibra-entre-conteudo-e-preco-1970024/
A rivalidade entre a Fiat e a Volkswagen nasceu no Brasil antes mesmo da fábrica de Betim ter sido implantada, em meados dos anos 1970. O modelo 147 foi desenvolvido especificamente para enfrentar a hegemonia do Fusca no mercado nacional.
Nesses quase 50 anos de disputa, uma sempre serviu de referência para a outra. A briga sempre foi mais acirrada entre os compactos. Uno versus Gol, Palio versus Polo, Strada versus Saveiro, Weekend versus Parati. Agora, na era dos SUVs-crossovers, a disputa nos segmentos compactos foi reavivada com T-Cross, Nivus, Pulse e Fastback. Só que a coisa se inverteu. Na Volkswagen, o hatch deu origem ao cupê Nivus, enquanto na Fiat foi o sedã Cronos que serviu de base para o Fastback.
Veículo da Fiat tem o visual como principal ponto de atração – Foto: Divulgação Veículo da Fiat tem o visual como principal ponto de atração – Foto: Divulgação Veículo da Fiat tem o visual como principal ponto de atração – Foto: Divulgação
O posicionamento dos modelos também é diferente. O cupê da marca alemã fica na base do segmento de SUV enquanto o da Fiat fica na parte mais alta. Tanto que o Nivus de topo, Highline, se alinha à configuração intermediária do Fastback, a versão Impetus avaliada, que é orçada em R$ 149.980, ou 3% acima do valor do rival. A de topo, Limited, custa R$ 13 mil a mais.
Mesmo mais caro, o Fastback tem obtido um volume de emplacamentos respeitável, próximo a 2.800 unidades por mês unidade, contra 3.400 do Nivus. Em relação ao tamanho, o Fastback leva vantagem: é 16 cm mais comprido, com 4,43 metros, apesar de ter um entre-eixos 3,3 cm menor, com 2,53 m.
Sob o capô, o Fastback traz o bom motor GSE 1.0 turbo de três cilindros, que rende de 125 a 130 cv, dependendo da proporção de gasolina e etanol, mas sempre com 20,4 kgfm.
Ele é gerenciado por um câmbio CVT da japonesa Aisin, com sete relações pré-programadas e pode ser manipulado via paddle shifts no volante. A tração é dianteira e o modelo conta com o mesmo sistema de controle de tração TC+ usada no Jeep e no Pulse, que é capaz de usar o módulo de ABS para bloquear a ação do diferencial e frear isoladamente uma roda sem aderência. Embora não o torne um SUV raiz, esse recurso permite leves incursões aventureiras.
SISTEMA. Na parte de segurança, são quatro airbags, frenagem autônoma de emergência, alerta de mudança de faixa, farol alto automático, sensores dianteiros e traseiros, câmera de ré, e lanternas full led – além de controle de estabilidade e tração e ABS com assistência de partida em rampa. Ficou devendo os airbags de cabeça e o controle de cruzeiro adaptativo.