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NOSSOS PETS

Alimentação natural: opções para pets vão além da ração

É possível oferecer para cães e gatos uma dieta com refeição balanceada; atenção para as restrições

Por Stela Pires*

05 de setembro de 2022, às 07h54 • Última atualização em 05 de setembro de 2022, às 07h55

As opções para os pets estão além da ração. É possível oferecer a alimentação natural, uma “dieta” baseada em comida balanceada e completa para cães e gatos.

“Pode ser indicada para qualquer fase de vida de um pet, desde que haja aceitação do animal e disponibilidade do tutor para o preparo do alimento ou recurso para compra do alimento pronto”, disse a médica veterinária pós-graduada em nutrologia da Myourpet, de Americana, Tainah Juliê Ortiz.

Os benefícios da alimentação são diversos, de acordo com a veterinária. Há melhor biodisponibilidade dos nutrientes em comparação com alimentos secos, deixa as fezes mais firmes e menos fétidas e os pets ficam mais dispostos.

Além disso, a alimentação natural é mais palatável para animais seletivos. “É um alimento mais úmido, proporcionando maior ingestão de líquidos na dieta e menos inflamatório que opções ultraprocessadas e secas”, explicou.
O ponto que costuma ser questionado nesta modalidade de alimentação é o custo em comparação com as rações disponíveis no mercado. A médica explica que a comparação depende, pois existem diversas opções de marcas.

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“Quando comparamos a alimentação natural com as opções ‘Super Premium’, os gastos são muito semelhantes”, apontou Tainah. De acordo com ela, um fator que pode impactar nos custos são possíveis restrições alimentares ou doenças que o pet tenha.

“No geral, caso o pet seja saudável e não tenha qualquer restrição alimentar, podemos oferecer uma alimentação mais barata e ainda obter os benefícios”, disse.

Também há a opção dos tutores ministrarem a “mix feeding”, que é a mistura de comida com ração, que é muito utilizada por aqueles que desejam melhorar a dieta do pet, mas não conseguem implementar a alimentação natural completa por causa da rotina. “Recomendo que o alimento seja preparado semanalmente ou quinzenalmente e armazenado corretamente no freezer ou congelador para facilitar a rotina do pet”, disse a médica.

O bull terrier Raul segue a alimentação natural desde os seus quatro meses de vida e seu cardápio diário consiste em lombo suíno cru com batata doce, abobrinha e banha suína, e peito de peru cozido com batata doce e banha suína.

O bull terrier Raul segue a alimentação natural desde os seus quatro meses de vida – Foto: Arquivo Pessoal

A escolha por este tipo de alimentação foi feita pelos próprios tutores antes mesmo de Raul chegar. “A gente levou ele na nutróloga, que é a que faz o acompanhamento dele até hoje, e a gente conversou sobre essa vontade”, contou a tutora, a sommelière de cervejas, Fernanda Brito, de 29 anos.

Depois que o cardápio especialmente para o Raul foi montado, os tutores começaram a oferecer alimentos naturais e a partir daí já notaram algumas diferenças no cachorro. “Muito mais apetite, muito mais vontade dele de comer do que quando era com a ração”, disse Fernanda. Ela aponta que o caminho para a alimentação natural foi inverso do que geralmente acontece com os outros pets, e partiu da vontade de proporcionar bem-estar para Raul.

“A gente descobriu que ele é um cãozinho atópico, muito alérgico e tem uma doença autoimune, que é a disbiose”, contou. A doença é uma condição que ocorre quando a microbiota intestinal entra em desequilíbrio.
Por isso, a alimentação natural passou a ser necessária para o Raul e, além dela, o bull terrier ingere manipulados, ômega 3 e uma série de complementos que colaboram com sua saúde.

“Eu sempre me pergunto como ele estaria se ainda estivesse comendo ração tendo todos esses probleminhas que a gente descobriu que ele tem”, contou a tutora.

Mesmo apontando a alimentação como trabalhosa, Fernanda não mudaria. “Eu acho que os benefícios mesmo eu vou conseguir ver lá na frente, eu espero que ele viva aí muitos anos na nossa família e que lá na frente eu olhe para ele e tenha certeza que a alimentação natural foi uma ótima opção que a gente pôde proporcionar para ele”.

Alimentos tóxicos

  • Açaí com guaraná (o guaraná é tóxico)
  • Alho-poró e alho
  • Batatas cruas
  • Caroço de ameixa e de pêssego
  • Cebola e cebolinha
  • Café e cafeína
  • Carambola
  • Cascas e folhas do abacate
  • Chocolate
  • Macadâmia (para cães)
  • Massa crua de bolo ou pão
  • Sementes de maçã e pêra
  • Uva
  • Xilitol

*Estagiária sob supervisão de Valéria Barreira.

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