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Saúde Animal

Carrapatos em pets exigem atenção

Os pequenos ectoparasitas podem ser responsáveis por doenças em cães e gatos

Por Redação

26 de junho de 2023, às 08h31 • Última atualização em 26 de junho de 2023, às 08h32

Em caso de carrapatos, o recomendado é buscar auxílio de um médico veterinário de confiança - Foto: Adobe Stock

Os recentes casos de febre maculosa têm aumentado a preocupação da população quanto à presença de carrapatos nos locais de seu convívio e, principalmente, nos pets. Carrapatos são ectoparasitas que se alimentam do sangue de animais e seres humanos, considerados uns dos principais vetores de doenças causadas por vírus, bactérias e protozoários.

“Cães e gatos também são suscetíveis à febre maculosa, mas neles a manifestação da doença é muito branda. A babesiose e a erliquiose são mais comumente transmitidas pelos carrapatos para os pets, podendo trazer graves consequências para o animal”, conta a médica-veterinária gerente de produtos da linha Pets da Ceva Saúde Animal, Nathalia Fleming.

A babesiose é um problema muito comum, causado pelos protozoários do gênero Babesia sp. que são transmitidos aos pets pela picada do carrapato e causadora de quadros de anemia, problema nos fígados e rins.

A erliquiose, por sua vez, é uma doença bem temida pelos tutores. Causada por bactérias do gênero Ehrlichia sp., a erliquiose é conhecida por afetar as células sanguíneas de defesa do organismo, desenvolvendo uma doença multissistêmica complexa, que pode afetar a produção de plaquetas e comprometer diversos órgãos do animal.

O que fazer? Estes ectoparasitas podem ser encontrados facilmente nas praças dos centros das cidades, parques e até mesmo nos jardins residenciais e quintais, especialmente aqueles com grama alta e muros com frestas.

Por isso, é importante inspecionar o pet com frequência para ver se não existe nenhum carrapato instalado em suas orelhas, na base da causa, entre os dedos e nas axilas e virilha – áreas mais quentes e abrigadas da luz, preferidas por este parasita.

“Se possível, é recomendado que o tutor faça essa inspeção no pet a cada passeio ou uma vez ao dia. A inspeção também deve ser feita nos gatos, mesmo que eles não tenham acesso à rua”, aconselha a médica veterinária.

Em caso de carrapatos, o recomendado é buscar auxílio de um médico veterinário de confiança para que o parasita seja retirado de forma segura. Isso porque arrancar o carrapato com a mão ou com uma pinça comum pode provocar o desprendimento da peça bucal do carrapato, que permanece presa na pele do pet e pode servir como fonte de infecção para outras doenças.

“Outro motivo pelo qual é importante entrar em contato com o veterinário é que o profissional vai poder identificar qual é a espécie do carrapato e quais doenças ele pode transmitir ao pet, além de solicitar exame específico caso o pet tenha algum sintoma que pode estar relacionado com a infestação de carrapatos”, disse a veterinária.

Após a retirada dos carrapatos é importante estar atento se mais carrapatos aparecem no pet. Caso sim, o problema pode estar na residência, sendo necessário verificar com mais cuidado o quintal e áreas que o pet frequenta, já que estes bichinhos inconvenientes passam a maior parte do tempo no ambiente. Higienizar bem o ambiente é fundamental para eliminar os ectoparasitas.

Nathalia também alerta para a importância de deixar anotado na carteira de vacinação ou em alguma documentação do animal a data em que foi percebida a presença destes parasitas no pet, visto que alguns sintomas relacionados às doenças que podem ser transmitidas pelos carrapatos podem se desenvolver após algum tempo. Ter esta informação registrada ajuda o médico veterinário a guiar melhor o seu diagnóstico ou mesmo descartar a possibilidade de doenças do carrapato em alguma intervenção.

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