Cães e gatos têm travado uma guerra secreta desde o início dos tempos. E a luta fica ainda mais acirrada quando gatos planejam destruir uma vacina que acabaria com a alergia dos seres humanos a cães. Essa é a premissa da trama do filme “Como Cães e Gatos”, um clássico dos anos 2000 em que ambas as espécies se enfrentam numa disputa épica, bem hollywoodiana.

Na vida real, caso você deseje ter cães e gatos em casa, saiba que é possível sim eles conviverem juntos. “Durante muito tempo existiu o preconceito de que numa casa em que existe um cão, um gato não poderia conviver, ou ao contrário. Ambos os animais podem viver em harmonia no mesmo ambiente, mas a fase de conciliação pode exigir dedicação e paciência do tutor para garantir o bem-estar e segurança de ambos os animais” explica a veterinária consultora do Guia55, Bianca de Moura.

Bianca esclarece que o primeiro passo é ir apresentando os dois aos poucos e planejar esse primeiro encontro. E pequenos detalhes fazem a diferença. Animais bem alimentados, por exemplo, tendem a ter menos instintos de caça. Manter o cachorro na guia também é importante para poder controlar a interação entre eles.

Se o primeiro encontro for amigável e ambos se cheirarem sem demonstrar irritação ou desconforto, é importante premiá-los com brinquedos ou um biscoito específico para cães e gatos, ajudando que eles entendam a aprovação do comportamento. Caso o primeiro contato seja negativo, é preciso ser mais firme na hora de separá-los, mostrando que a atitude deles é errada.

Em entrevista ao portal Casa e Jardim, o especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, o Dr. Pet, também deu algumas dicas para facilitar a convivência entre os animais. Segundo ele, caso o animal que já esteja na casa se mostre agressivo, o ideal é começar as interações em um nível mais leve, através de porta ou à distância, como em um corredor.

O Dr. Pet também diz que evitar os ciúmes do “anfitrião” é muito importante neste período, por isso é necessário que cada pet tenha seu local de alimentação, descanso e banheiro separados. “O pior a ser feito é parecer, para o anfitrião, que ele perde itens importantes para o novo morador, especialmente atenção, carinho e os demais itens que são importantes para ele”, pontua o especialista à Casa e Jardim.

Além disso, existem formas diferentes de tratar a chegada de cada pet na casa. Se o gato já é morador, ele precisa ter acesso aos seus refúgios no ambiente, caso queira escapar da presença do cachorro ou não deseje interagir naquele momento.

Já se o gato é o novo na casa, é importante levar em conta que eles podem demorar mais para se familiarizar com novo ambiente. Por isso o felino deve ficar em um só cômodo à princípio e, quando estiver habituado, passe a acessar outros locais da casa.