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NOSSOS PETS

Comportamento animal

Conheça a história do Montanha, um pit bull adotado pouco antes de completar um ano

Por Stela Pires*

11 de setembro de 2022, às 15h47

Danyele e Montanha, relação de respeito, amor e amizade - Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

A história de Montanha com a família da manicure Patrícia Andrade, de 31 anos, começou há pouco mais de dois meses, quando ela recebeu uma imagem anunciando a doação de um pit bull, que na época tinha menos de um ano ainda.

O anúncio não dizia os motivos pelos quais ele estava sendo doado e não informava os seus traços comportamentais. Em contato com a antiga tutora de Montanha, Patrícia foi informada de que ele era dócil, e foi junto ao marido visitar o cachorro.

“Quando a gente chegou lá, ele estava em um lugar escuro no fundo da casa, e quando ele veio estava mancando, a pata dele estava muito inchada”, contou a manicure.

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A decisão de adotar o animal foi tomada ali mesmo, ao final da visita. E assim Montanha foi para sua nova casa com a família de Patrícia.

O pit bull chegou no novo lar cheio de carrapatos, com diarréia e a pata machucada. O cachorro também apresentou muito medo de figuras masculinas, mas mostrou ser um cachorro amável e brincalhão, e encontrou uma conexão verdadeira e cheia de amor com Danyele, de 8 anos.

“Ele é apaixonado pela minha filha”, disse Priscila. De acordo com ela, o cão vive grudado na menina, come na mão dela e chega a chorar quando a pequena vai para a escola.

“Eu falo: é o dono que faz o pit bull, mas as pessoas julgam”, finalizou a tutora.

É a criação que faz o comportamento do cão, de acordo com o presidente e idealizador da ONG (Organização Não-Governamental) Pits Ales, Alessandro Desco.

Alessandro resgata pit bulls e ressocializa os animais, como o Duilio, que sofreu queimaduras – Foto: Arquivo pessoal

A organização existe há 12 anos em São Paulo e é especializada em resgate, socialização e adoção de pit bulls. “Eles teriam tudo para atacar o ser humano, mas não acontece, eles são extremamente dóceis”, comentou sobre os cães que são resgatados por maus tratos.

De acordo com ele, há comportamentos que são específicos de cada raça, mas a criação e a rotina dos tutores com o cão podem contribuir com os traços comportamentais do animal.

“A falta de limite também influencia no comportamento do animal. Hoje, o ser humano está humanizando muito o cão e quando você deixa o animal dominar o ambiente, você perde o controle”, explica.

A desinformação sobre as raças faz com que eles sofram com os estigmas, segundo Alessandro. Ele apontou que o “terror” que existe por raças de animais é sazonal e que a cada tempo uma raça diferente sofre com preconceito, e a da vez é o pit bull.

Alessandro ressalta que outras raças já sofreram com isso anteriormente, como rottweiler e doberman.

“O pit bull não é um cão de guarda, ele é um cão de companhia. Ele não precisa de outro cão para ser feliz, o que ele gosta é de pessoas e de crianças”, disse.

*Estagiária, sob supervisão de Valéria Barreira

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