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NOSSOS PETS

Cuidados com o pet em espaços reduzidos

Médica veterinária e adestradora explicam como oferecer bem-estar para os pets em lares pequenos

Por Stela Pires*

07 de novembro de 2022, às 06h26

Os pets que vivem em espaços reduzidos demandam dos tutores mais atenção em relação ao ambiente e às suas necessidades básicas. De acordo com a médica veterinária terapeuta comportamental de cães e gatos, Luiza Cervenka Bueno de Assis, o pouco espaço só é prejudicial quando é um espaço pouco enriquecido.

Os problemas ocorrem quando o animal não encontra a possibilidade de executar seus comportamentos naturais. “A grande questão é que em espaços menores ele encontra menos coisas para fazer, daí o que ele encontra normalmente é o que a gente não quer, que são os móveis e objetos pessoais”, disse.

Em relação aos gatos, por exemplo, a verticalização entra como opção para ajudá-los nesse sentido. Ela pode ser oferecida com prateleiras e casinhas que tenham tocas elevadas. Essa adaptação entra no chamado enriquecimento ambiental.

Problemas ocorrem quando o animal não encontra a possibilidade de executar seus comportamentos naturais – Foto: Michael Pettigrew / Adobe Stock

“São atividades em que o pet pode ocupar o tempo sozinho, com brinquedos recheáveis, bolinhas de petiscos e tapetes de forrageio”, explicou a adestradora Cláudia Morais. Uma sugestão dada pela especialista em comportamento, é a criação do cantinho do pet na casa.

A atividade física também entra como essencial. “O passeio não é simplesmente para gastar energia, mas sim para oferecer novidades, principalmente a comunicação química para o cachorro. É na rua que ele vai ter novos cheiros, que vai ver novas pessoas, que vai poder se comunicar também deixando o cheiro dele”, explicou a médica.

De acordo com Cláudia, mesmo que o apartamento, por exemplo, tenha uma sacada, é necessário a caminhada. “Caso não consiga diariamente o hábito, tente esforçar-se para que ao menos aconteça três vezes na semana”, disse.

A atividade é benéfica tanto para o gasto de energia do animal, quanto para promover a socialização com outros pets que estejam no mesmo local.
A médica veterinária explicou sobre os latidos dos cães quando estão sozinhos, que na verdade são vocalizações desesperadas tentando chamar o tutor ou para mostrar que não está bem.

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“O problema não é o latido e sim o que causa o latido”, disse Luiza. De acordo com ela, as causas são a angústia e o sofrimento que o cachorro tem ao ficar sozinho. O processo para ajudá-lo não é fácil e muito menos rápido, mas é preciso o atendimento de um profissional comportamental, que poderá entender o que causa o comportamento no animal e traçar um trabalho para solucionar o problema.

Outro ponto importante em espaços reduzidos, principalmente quando o pet é criado em apartamentos, é assegurar a segurança do animal dentro de casa. As telas são essenciais neste caso. “As telas são muito importantes para a segurança do seu pet, principalmente para os gatos já que são muito curiosos, traço natural do felino”, explicou a adestradora.

De acordo com ela, independente do tamanho do espaço, também é necessário se atentar com as plantas da casa, que podem ser tóxicas ao animal. “Certificar se ele não terá acesso e vale consultar se não há risco de intoxicação”, disse.

*Estagiária sob supervisão de Valéria Barreira.

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