25 de abril de 2024

Notícias em Americana e região

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Saúde Animal

Esporotricose: entenda o que é e saiba como evitar e tratar

Doença é frequente em felinos, mas pode ser transmitida para outros animais e para humanos

Por Stela Pires

22 de janeiro de 2023, às 08h06 • Última atualização em 22 de janeiro de 2023, às 08h08

Feridas profundas na pele do gato com secreção, que não cicatrizam e estão evoluindo rapidamente, podem ser esporotricose e, se não tratadas, podem levar o animal a óbito. A doença é popularmente conhecida por afetar os felinos, mas também é transmissível para humanos e outro animais. Ela tem tratamento e pode ser evitada com os devidos cuidados.

A esporotricose é uma infecção crônica da pele e tecido subcutâneo de animais, que acomete preferencialmente os felinos e humanos. Ela é causada pelo fungo Sporothic schenckii e pode se apresentar de duas formas. De acordo com a médica veterinária Beatriz Ferrari, a maneira mais comum é a lesão de pele, que se não tratada adequadamente pode evoluir para a forma extra cutânea.

A forma mais comum da doença é a lesão cutânea – Foto: Adobe Stock

Em seu quadro mais grave, a esporotricose deixa de afetar apenas a pele, e acaba se disseminando via hematológica ou linfática – ambas sanguíneas -, pelo sistema nervoso central e outros órgãos, podendo levar o animal a óbito. Mas, o estado da doença não precisa chegar ao mais grave, pode ser tratada ou até mesmo evitada.

A forma de transmissão da esporotricose, tanto para humanos quanto para animais, é através da arranhadura, mordedura ou pelo simples contato com felinos contaminados, podendo ser aqueles sintomáticos ou assintomáticos, que portam a doença mas ainda não manifestaram os sintomas.

Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp

Por causa dos tipos de transmissão, a maneira mais simples e fácil de evitar a contaminação do gato pela doença é protegendo-o de ter contato com outros felinos. “Principalmente aqueles [gatos] que moram na rua e são mais predispostos a se contaminar”, explicou Beatriz.

De acordo com a médica veterinária, a castração dos gatos também auxilia na tarefa de impedi-los de terem acesso externo, já que buscam as ruas para o acasalamento. “Na disputa para o acasalamento, os felinos costumam brigar e é onde ocorre a contaminação direta da doença”, explicou.

Mas Ferrari alerta “felinos contaminados não devem ser abandonados, já que a doença tem tratamento e cura”. O tratamento deve iniciar imediatamente após o diagnóstico, de acordo com a veterinária, e tem como base terapias com antifúngicos.

“Se tratada desde o inicio podemos ter o sucesso do tratamento e a cura do paciente”, disse. Segundo Beatriz, a recuperação é lenta e minuciosa e, durante o processo, as lesões de pele somem e cicatrizam por completo. Mesmo curado, o animal deve manter acompanhamento junto ao veterinário, e mesmo já tendo se contaminado pode contraí-la novamente.

OUTROS ANIMAIS
Apesar de ser conhecida por ser uma doença que acomete os gatos, a veterinária reforça que não é exclusividade dos felinos. “A esporotricose é uma doença que acomete com mais frequência os felinos, mas o cão também pode se contaminar”, alertou.

De acordo com ela, há registros de outras espécies que já foram contaminadas pela doença, como equinos, bovinos, suínos, camelos e primatas. Por isso, é necessário se atentar para que a doença não contamine outros moradores da casa, incluindo os tutores, por ser uma zoonose, ou seja, pode passar do homem para o animal e do animal para o homem.

Sintomas da esporotricose
– Lesão que pode regredir espontaneamente;
– Lesões ulceradas com secreções pelo corpo,
principalmente no nariz, boca e olhos;
– Febre, mal estar e anorexia (no estado grave).

Publicidade