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Pet

Nutracêuticos tratam e previnem doenças em gatos e cachorros

Suplementos não carregam as contraindicações de medicamentos

Por Stela Pires

13 de fevereiro de 2023, às 08h08 • Última atualização em 13 de fevereiro de 2023, às 17h07

Farmacêutica Flavia Semeghini Urso - Foto: Arquivo Pessoal

A preocupação com a prevenção de doenças e cuidados voltados à saúde e bem-estar estão cada vez mais inseridos no dia a dia, seja para a saúde humana ou do pet. Alinhada com essa realidade, a farmacologia veterinária tem se aperfeiçoado e, com isso, surgem novas possibilidades para tratamentos diferenciados e alternativos, sempre buscando resultados mais assertivos. Neste contexto surgem os nutracêuticos aplicados à veterinária.

Utilizando-se de ativos naturais que não carregam as pesadas contraindicações que muitos dos medicamentos convencionais oferecem, os nutracêuticos funcionam como um tipo de suplemento, de acordo com a farmacêutica fundadora da Amor ao Bicho Farmácia de Manipulação Veterinária, Flávia Semeghini Urso, especializada em dietoterapia e medicina nutracêutica, farmacologia clínica e tecnologia e desenvolvimento de cosméticos.

“Contém nutrientes com capacidade comprovada de trazer benefícios à saúde, tanto para prevenir, como para tratar as mais variadas doenças”, explicou. Além disso, os nutracêuticos também são complementos para as necessidades diárias dos animais que utilizam a alimentação natural.

Segundo Flávia, alguns nutracêuticos têm sido usados em animais de estimação há várias décadas, enquanto outros estão apenas sendo introduzidos na medicina veterinária.

Os fármacos costumam ser administrados mais em cães, gatos e cavalos, embora seu uso esteja sendo explorado na maioria das espécies animais, incluindo répteis, mamíferos marinhos e aves.

Os nutracêuticos possuem ações químicas únicas, que não estão disponíveis em produtos farmacêuticos, como a capacidade da silimarina de proteger as células do fígado contra danos.

“Eles podem ser um complemento valioso aos medicamentos tradicionais. Em alguns casos, eles podem até ser usados sozinhos para controlar uma doença”, disse a farmacêutica.

Alguns exemplos de uso que são mais comuns são a glucosamina, usada no tratamento de artrite; ácidos graxos ômega-3, que auxiliam no tratamento de condições inflamatórias, lipemia, e melhora a saúde cardiovascular; antioxidantes, na prevenção do câncer; probióticos, micro-organismos vivos que atuam no sistema imunológico, atividades gastrointestinais, ansiedade e controle da microbiota intestinal.

Segundo Flávia, os nutracêuticos não costumam apresentar efeitos colaterais e, caso aconteçam, serão menos agressivos do que outros medicamentos usados para tratar doenças. “Mesmo não apresentando riscos, a indicação de uso cabe ao profissional habilitado, pois podem ocorrer interações entre os fármacos de tratamento, diferenças de dosagens e restrição de uso de determinados nutracêuticos levando em conta a metabolização da espécie”, disse.

ESTUDOS. O tipo e a quantidade de pesquisas sobre nutracêuticos variam de acordo com o composto, são dezenas de milhares de estudos sobre os suplementos em medicamentos. Alguns nutracêuticos ainda não foram suficientemente testados e, nesses casos, o médico veterinário avaliará os riscos em relação aos benefícios do uso.

De acordo com a farmacêutica, o campo de atuação do nutracêutico possui um amplo espectro, incluindo regulação imunológica, efeitos antimicrobianos contra bactérias, fungos ou parasitas, suporte da estrutura, função ou suprimento sanguíneo normal do órgão e melhoria dos processos metabólicos normais.

O sucesso do uso dessa classe de suplemento irá depender da situação única do animal, do próprio nutracêutico que está sendo usado e da condição ou doença tratada.

“Em relação à segurança, são substâncias que nas doses corretas não causam males aos animais, mas é imprescindível que o médico veterinário seja sempre consultado, porque alguns podem apresentar efeitos colaterais”, disse. 

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