Nossos Pets
O amor pelos felinos
Gatos lideram crescimento entre animais de estimação no Brasil
Por Stela Pires
20 de fevereiro de 2023, às 10h04 • Última atualização em 20 de fevereiro de 2023, às 10h05
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/mais/pet/o-amor-pelos-felinos-1912850/
O Dia Mundial dos Gatos foi comemorado em 17 de fevereiro e trouxe um dado interessante: os bichanos lideraram o crescimento entre os animais de estimação no Brasil. Os felinos registraram alta recorde de 6% no crescimento da população pet, de acordo com o Censo Pet IPB (Instituto Pet Brasil), apontando a popularidade dos gatos nas casas brasileiras.
A pesquisa revelou que no período de um ano, entre 2020 e 2021, a população de gatos saiu de 25,6 milhões para 27,1 milhões, o maior crescimento entre espécies no período e o maior aumento anual de felinos desde o início do levantamento, em 2018.

Nos anos anteriores, os gatos já vinham registrando aumento maior em relação aos cães, mas nunca como o do último levantamento, que marcou os 6%. De 2019 para 2020, o índice foi de 3,6%, enquanto de 2018 para 2019, 3,4%. Em números absolutos, os cachorros ainda lideram o ranking, com 58,1 milhões de indivíduos, seguidos pelas aves, com 41 milhões. Os gatos estão em terceiro lugar, com 27,1 milhões.
Para o presidente do Conselho Consultivo do instituto, Nelo Marraccini, o aumento dos felinos enquanto pets se deve a três fatores. “O crescimento da preferência pelos felinos ocorre devido ao envelhecimento da população brasileira, ao aumento de pessoas que moram em apartamentos e que moram sozinhas”, explicou o especialista.
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O diretor executivo voluntário da AAANO (Associação Amigos dos Animais de Nova Odessa) Carlos Eduardo Pinotti Júnior também vê os apartamentos como motivação para adoção de gatos. “Está crescendo muito o número de pessoas que estão indo para apartamento, e gato é ideal”, pontuou Cadu.
Outro ponto citado foi a normalização das rotinas após a pandemia. No início, os cachorros foram mais procurados como companhias, de acordo com o diretor, mas agora, com a rotina de trabalho presencial retomada, os adotantes optam por um animal que seja mais independente sozinho.
A associação também viu o número de felinos como pet crescendo. De 2020 para 2021, o aumento foi mínimo, passando de 47 para 48 gatos. O número expressivo veio no ano passado, quando as adoções dos felinos cresceram em 33%, atingindo 64 bichanos.
A engenheira civil Flávia Hansen Rosolen, de 31 anos, que também é voluntária da AAANO, adotou três gatos no intervalo de quase dois anos, entre abril de 2020 e dezembro de 2021. O número chegou a atingir cinco, mas infelizmente dois faleceram.
“Eu sempre tive gatos durante minha vida toda, e quando eu me mudei para morar com meu marido eu já sabia que não ia aguentar muito tempo sem ter gatos em casa”, contou. Ela já teve cachorros também, mas sempre se identificou mais com os felinos por serem mais tranquilos, reservados, independentes, mas também muito amorosos e carinhosos.
Flávia ainda aponta que o pensamento de que os gatos gostam da casa e não ligam para o tutor é equivocado. “Eles têm muito amor pelos tutores sim, pegam confiança neles, e também ficam tristes ou estressados. Meus gatos nos recebem na porta quando chegamos em casa, igual cachorro”, disse.