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NOSSOS PETS

Pequenos no tamanho, gigantes no transtorno

Pulgas e carrapatos podem provocar doenças; saiba prevenir as infestações

Por Marina Zanaki

27 de março de 2023, às 07h53 • Última atualização em 27 de março de 2023, às 07h54

O principal sintoma de que o bichinho está sofrendo com parasitas é a coceira intensa - Foto: Adobe Stock

Pequenos no tamanho, as pulgas e carrapatos causam grandes problemas aos pets. As infestações podem provocar desde leves verminoses, passando por dermatites e chegando até a graves infecções bacterianas. O melhor caminho é sempre a prevenção, mas depois que acontece a infestação é necessário agir rapidamente para controlá-la.

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O principal sintoma de que o bichinho está sofrendo com parasitas é a coceira intensa, e por isso é comum o surgimento de alergias de pele, as dermatites. O veterinário Ricardo Adegas, do Mineiro Agropet alertou para uma prática muito usual entre os tutores, mas que pode colocar a saúde do pet em risco.

“Ao arrancar o carrapato, puxando da pele do animal, você pode provocar lesões porque ele fica fixado. Esse machucado será porta de entrada para várias infecções de pele e será ainda mais prejudicial para o animal”, alertou o especialista.

Os carrapatos pertencem à família dos aracnídeos e se caracterizam por ficarem grudados na pele do animal. Mais comuns em cachorros do que gatos, eles também são vetores de várias doenças perigosas, chamadas de “doenças do carrapato”. A Erliquiose é a doença transmitida por carrapatos mais comum. Provocada por uma bactéria, leva a alterações no sangue. Outra zoonose que vem do carrapato é a Babesiose, que acontece quando um protozoário entra na corrente sanguínea e destrói os glóbulos vermelhos. As duas debilitam intensamente os animais e, se não tratadas, podem ser fatais.

“Pode demorar uma semana ou mais para se manifestar. São doenças que têm cura, e o ideal é começar a tratar precocemente, seguir corretamente o tratamento. Depende também da imunidade do animal, mas temos bastante sucesso”, explicou Juliana Guido Furlan, veterinária da Clinica Veterinária Padovani.

Já as pulgas são insetos que podem transmitir vermes aos animais. Diferente dos carrapatos, que se fixam na pele e são mais comuns em cachorros, as pulgas costumam pular e podem acometer qualquer pet. Juliana Furlan explicou que a verminose é tratada mais facilmente do que as doenças do carrapato, mas que nem por isso as pulgas merecem menos atenção dos tutores.

“Pode provocar desnutrição e falta de apetite no animal. É preciso fazer o ciclo do vermífugo corretamente e pulverizar o ambiente, mas em um primeiro momento a pulga não é tão grave quanto o carrapato”, comparou Juliana.

AMBIENTE. O grande desafio desses insetos é a infestação no ambiente. Calcula-se que de 5% a 10% das pulgas estejam no animal, e o restante está espalhado pelo ambiente ou em ovos. Portanto, tratar o pet não é suficiente para erradicar o problema. É necessário comprar produtos específicos para aplicação no ambiente, tanto contra pulgas quanto contra os carrapatos. Cloro ativo, vinagre, chás – nada disso tem eficácia comprovada.

“Não existe tratamento caseiro, eles só mascaram os sintomas do animal e isso dificulta ao veterinário fazer um diagnóstico mais preciso”, alertou Ricardo Adegas.

PREVENÇÃO. O mercado oferece várias opções de produtos que são aliados no combate a pulgas e carrapatos. Nenhum consegue impedir completamente que algum parasita se instale, mas eles são essenciais para evitar infestações.

Um dos mais modernos e eficazes tratamentos é o remédio oral. Ingerido pelo animal, ele têm uma substância que é tóxica para os parasitas, mas sem fazer mal para o bicho. Após ser liberado no sistema gastrointestinal, o princípio ativo cai na corrente sanguínea e mata as pulgas e os carrapatos. Esse método leva apenas algumas horas para fazer efeito, e tem duração que varia de 30 dias a 12 semanas. As coleiras são outro método para evitar pulgas e carrapatos. Elas liberam toxinas conforme o animal se movimenta. A validade vai de três a nove meses, dependendo do produto e da marca.

Os sprays também são boas opções para proteger o pet, e podem ser aplicados inclusive em filhotes, prenhas e lactantes. O recomendado é reaplicar o produto a cada mês para uma maior eficácia. Já as tradicionais pipetas são aplicadas na pele da nuca para ter o efeito repelente de parasitas, com reaplicações mensais.

Os shampoos e sabonetes contra parasitas têm um efeito mais imediato na hora do banho. 

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