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SAÚDE ANIMAL

Pets podem ter problemas no coração?

Doenças cardíacas também afetam cães e gatos e o diagnóstico precoce é indispensável

Por Stela Pires*

10 de outubro de 2022, às 07h03

As doenças cardíacas em cães e gatos agem silenciosamente, por isso, muitas vezes, o diagnóstico é feito apenas quando o quadro já está em graus mais avançados.

Isso acontece, pois os sinais clínicos dos animais são bem diferentes e mais sutis dos que os apresentados pelos humanos. Alguns dos sinais de possíveis problemas são mudanças comportamentais, perda de peso, cansaço e outras pequenas alterações que podem não ser percebidas pelo tutor em um primeiro momento.

Exatamente pelas alterações serem silenciosas, que é reforçada a importância das visitas periódicas ao médico veterinário. Desta maneira é possível identificar as alterações cardíacas logo nos primeiros estágios, de acordo com a médica veterinária gerente de produtos terapêuticos da Avert Saúde Animal, Tais Motta Fernandes.

Tutor deve estar atento aos sinais dados pelo bichinho – Foto: Alexandru Manole por Pixabay

No caso dos cães, uma série de patologias podem afetar o órgão. Em animais de pequeno porte, a mais comum é a doença valvar degenerativa, que provoca uma falha nas estruturas responsáveis por fazer com que o sangue circule dentro do coração do pet no sentido correto. A manifestação é mais comum em animais idosos.

Nos pets de grande porte a cardiomiopatia dilatada aparece com mais frequência. A enfermidade afeta o músculo cardíaco que fica mais fino e enfraquecido, com isso o processo de contração do coração é prejudicado. Neste caso, os chamados jovens adultos são os mais afetados.

“O cenário ideal é a identificação da doença cardíaca no estágio onde o pet ainda está assintomático, ou seja, não apresenta nenhuma alteração física ou comportamental”, disse a médica.

De acordo com ela, a prevenção é fundamental, com a realização de exames periódicos é possível o diagnóstico precoce que irá proporcionar o melhor tratamento e, consequentemente mais qualidade de vida para o cão.

E quando o assunto é a saúde dos gatos, a atenção deve ser redobrada. Os felinos não costumam manifestar sintomas das doenças cardíacas, sendo, na maioria dos casos, assintomáticos.

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A cardiomiopatia hipertrófica é a doença mais comum, com cerca de 15% dos gatos sendo afetados. A enfermidade afeta o ventrículo do coração, que é responsável por bombear sangue oxigenado para o corpo do pet.

A doença causa o chamado débito cardíaco, reduzindo o volume de sangue e comprometendo a circulação. Como consequência, para compensar a falha, o coração do gato trabalha mais forte e mais rápido.

A interpretação dos sinais de alerta nos felinos é mais difícil, pois as manifestações costumam ser mais sutis. Entre os sintomas estão: a alteração comportamental, apresentando dificuldades de fazer tarefas rotineiras, como escalar e pular; mudança no padrão respiratório; e dificuldade ao andar.

“A maioria dos gatos com problemas no coração não apresenta nenhum sintoma. Por isso é tão importante o acompanhamento do médico veterinário. A precocidade do diagnóstico salva vidas”, disse Tais.

Sintomas comuns em cachorros

  • Tosse seca: O animal apresenta tosse seca frequente, similar a um engasgo, pode parecer até que ele irá expelir algo, mas nada sai pela boca.
  • Dificuldade respiratória: Animal apresenta maior frequência com movimentação curta e alta do aparelho toráxico.
  • Cansaço fácil: Atividades prazerosas e rotineiras como passeios e brincadeiras pela casa ficam mais escassas, com o cão buscando evitar realizá-las.
  • Língua roxa: O animal apresenta mudança na coloração da língua que pode ser roxa ou azulada. Falhas na oxigenação sanguínea são responsáveis pela alteração.
  • Desmaio: A chamada síncope envolve a perda de consciência do animal, o pet tem um desmaio rápido e retoma a consciência em seguida. A manifestação acontece em estágios mais avançados de doenças cardíacas por conta da perda de oxigenação.

Fonte: Avert Saúde Animal.

*Estagiária sob supervisão de Valéria Barreira.

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