NOSSOS PETS
Primavera e os cuidados com os pets
O Nossos Pets conversou com um especialista para sabe quais cuidados os tutores devem tomar durante a nova estação
Por Stela Pires*
25 de setembro de 2022, às 13h18 • Última atualização em 25 de setembro de 2022, às 13h22
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/mais/pet/primavera-e-os-cuidados-com-os-pets-1838441/
A estação mais florida do ano chegou, e com ela a floração das plantas, a proliferação dos insetos, o calor e dias mais longos. Apesar da beleza, a primavera pode apresentar riscos aos pets, e para orientar os tutores nos cuidados para os próximos meses, o Nossos Pets conversou com o médico veterinário e gerente do Agropet Mineiro do Mercadão Municipal de Americana, Ricardo Storniolo Adegas.
O clima quente e úmido que acompanha a nova estação favorece a proliferação de insetos como pulgas, carrapatos e moscas, aos quais os animais estão suscetíveis durante passeios, e podem ocasionar problemas. A melhor maneira de evitar os chamados ectoparasitas, de acordo com o veterinário, é a prevenção.
“Há opções como pipetinhas para colocar no dorso, coleira antipulga e comprimidinho que são de alta eficácia e alta duração”, orientou Ricardo.
A atenção dos tutores também deve estar votada às condições climáticas durante os passeios diários. Segundo Ricardo, as regras “universais” também valem com os pets. As caminhadas devem acontecer em horários com menor intensidade do sol, até às 10h ou depois das 16h, evitando o chão quente e o sol.
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A umidade da estação também pode acarretar problemas dermatológicos, as ‘famosas’ dermatites. “Se a pele está suja, com algum processo lá, a umidade pode desencadear algum problema. É como se você estivesse regando um vaso, está só com a semente lá, você vai regar e vai aflorar, e aí vai espalhar um pouquinho mais”, explicou.
Apesar do aumento das temperaturas, que são habituais durante a primavera, não é indicado que seja dado banho frequente nos animais. De acordo com o veterinário, os banhos podem ser muito agressivos para cachorros, que possuem uma oleosidade na pele que serve como proteção.
“Se eu der banho semanalmente eu vou retirar toda aquela proteção, ele vai produzir cada vez mais, cada vez mais, e vai chegar uma hora que vai ser deficitária essa produção”, explicou. “O excesso de banhos pode resultar em pele ressecada, pelo quebradiço e dá abertura para processos como as dermatites”, completou.
O problema de mau cheiro e sujeira pode ser resolvido com produtos como banhos a seco e panos umidecidos, de acordo com o veterinário. O banho é indicado a cada três ou quatro semanas.
Os banhos não se fazem necessários no alívio do calor dos animais porque eles já possuem a própria regulação térmica, que é feita através dos pelos. O calor não entra e o frescor dele também não sai”, disse o veterinário.
O que pode ajudar na sensação do calor nos pets é aparar os pelos da barriga e deixar à disposição desses animais água e lugar fresco.
O perigo das flores e plantas para os animais
Na primavera as plantas florescem, e com elas o perigo de intoxicação entre os animais também cresce. Muitas plantas que parecem inofensivas podem prejudicar a saúde dos pets dentro de casa ou até mesmo em passeios.
De acordo com o médico veterinário, até o que é inofensivo, como a grama, pode apresentar riscos durante essa época. “Às vezes aquela graminha em que se passou ’mata mato’, é um veneno que pode causar uma interite no animal”, disse.
O veterinário indica que as plantas e flores fiquem fora do alcance dos animais, evitando o pior. No caso dos gatos, a estratégia é outra, já que ele alcança qualquer lugar.
Neste caso, o veterinário explica que existem sementes feitas especialmente para os felinos poderem comer. Isso ajuda porque eles ingerem muito pelo durante a autolimpeza e, por isso, precisam de mais fibra para conseguirem expelir os pelos do organismo e auxiliar na motilidade intestinal.
“São docinhas e possuem alto teor de fibra. Trigo, cevada, aveia, milheto, são várias as plantinhas que crescem muito rápido e ajudam nessa motilidade também do animal”, explicou o veterinário Ricardo.
10 plantas tóxicas:
- Azaleia
- Lírio
- Comigo Ninguém Pode
- Copo de Leite
- Espada de São Jorge
- Samambaia
- Tulipa
- Bico de Papagaio
- Hera
- Coroa de Cristo
*Estagiária sob supervisão de Valéria Barreira