Saúde Animal
Vacinação e vermifugação de pets: entenda quando começar o protocolo
Vacinação e a vermifugação na frequência certa, alinhadas com o acompanhamento veterinário, são primordiais para evitar doenças
Por Stela Pires
31 de julho de 2023, às 07h41 • Última atualização em 31 de julho de 2023, às 07h53
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/mais/pet/vacinacao-e-vermifugacao-de-pets-entenda-quando-comecar-o-protocolo-1995872/
A prevenção é e sempre será a melhor forma de manter a saúde do animal. A vacinação e a vermifugação na frequência certa, alinhadas com o acompanhamento veterinário, são primordiais para evitar doenças. Além disso, de acordo com a médica veterinária do Hospital Veterinário da Fam Camila Andrejus, já se sabe que o investimento na prevenção é menor do que na urgência e emergência caso o animalzinho venha adoecer.

O protocolo de vacinação começa quando os cachorros ainda são filhotinhos, aos 45 dias, com a vacina múltipla, podendo ser a V8 ou V10. Os números representam a quantidade de doenças que o pet estará imune. Nos felinos o protocolo começa um pouco depois, aos 60 dias de idade, e as vacinas são polivalentes. Para os felinos existem três opções: a V3, V4 e V5.
Nos dois casos, seja cachorro ou gato, deverão ser aplicadas mais de uma dose dessas vacinas. No caso dos cães, se o protocolo vacinal iniciar no tempo correto, ele tomará quatro doses no total.
“Por que é necessário repetí-las? Porque o filhote tem anticorpos da mãe via colostro – o leite – que podem interferir fazendo a vacina não ter total efetividade somente em uma aplicação”, explicou a médica veterinária.
Também é necessário incluir na carteira de vacinação a vacina antirrábica ainda quando são pequenos. A aplicação ocorre quando os animaizinhos completam os quatro meses de vida.
“As doenças infectocontagiosas são as de maior índice de óbito entre os filhotes. As vacinas combatem doenças como cinomose e parvovirose, que debilitam os animais de forma rápida, progressiva e muitas vezes não é possível reverter”, alertou Camila.
Além das múltiplas, polivalentes no caso dos felinos, e da antirrábica, que pertencem ao protocolo essencial, Camila aponta que também existem aquelas consideradas “não essenciais”. Elas garantem a proteção contra gripe e giardia e podem ser incluídas na carteirinha de vacinação.
A aplicação deve ocorrer anualmente depois do protocolo inicial ser estabelecido e a veterinária alerta: a vacinação deve ocorrer de maneira ética. “A vacinação ética consiste em passar por um breve atendimento antes, fazendo exame clínico do animal, pois ele pode ter alguma doença incubada ou estabelecida que deixa sua imunidade comprometida, não tendo indicação de ser vacinado”, explicou.
Além disso precisa ser de um local de confiança, por médico veterinário responsável, pois as vacinas devem estar em refrigeração e armazenadas de forma adequada.
Proteção das vacinas:
- V8 | Previne adenovirose, cinomose, coronavirose, hepatite infecciosa canina, leptospirose (sorovares Canicola e Icterohaemorrhagiae), parainfluenza e parvovirose
- V10 | Previne as mesmas doenças que a V8, mas tem proteção contra mais duas cepas da leptospirose
- V3 | Previne calicivirose, panleucopenia e rinotraqueíte
- V4 | Adiciona a clamidiose à lista de proteção da V3
- V5 | Previne contra todas as doenças das duas anteriores, mas com o acréscimo da leucemia felina
- Antirrábica | raiva
Vermifugação também ajuda na proteção
A vermifugação também evita problemas de saúde nos pets. O início da administração desse medicamento é logo nos dias iniciais de vida do animal, entre 15 e 30 dias. Outras duas doses serão oferecidas ao filhote com intervalos quinzenais.
De acordo com a médica veterinária, os vermífugos serão mantidos como manutenção a cada oito meses em média. “O ideal é vermifugar somente se houver indicação, e isso saberemos normalmente com exame coproparasitológico, que é o exame de fezes”, explicou.
Ela explica que o exame costuma fazer parte do chuck up dos animaizinhos, que devem acontecer semestralmente.
A vermifugação, diferente da vacina, pode ser administrada em casa, mas, o ideal é ter uma recomendação do médico veterinário responsável para evitar erros em dosagens e o tipo de medicação, que são ofertadas no mercado em forma de comprimido, líquido e pipeta.