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Revista Saúde

Autoestima e autocuidado

A maneira como você se vê e se trata é muito mais importante do que você pensa e impacta diretamente em diferentes setores da sua vida

Por Isabella Holouka

16 de novembro de 2020, às 07h57

Questão da autoestima está diretamente relacionada ao autocuidado - Foto: Adobe Stock

Muito confundida com vaidade, a autoestima se refere ao que pensamos sobre nós mesmos, e acaba refletindo também na maneira como nos tratamos e cuidamos da nossa saúde.

As pessoas que parecem pensar e falar mais sobre si do que o usual, costumam ter autoestima alta. Já aquelas que têm autoestima baixa tendem a diminuir-se e descuidar-se – e é aí que está o perigo.

“A pessoa com autoestima baixa é insegura, inconstante, fala sempre sobre os defeitos, mas nunca sobre as próprias qualidades, desiste fácil, se esconde para não ter que assumir compromissos, não gosta de dar opinião, não quer ser vista ou lembrada”, relata a psicanalista clínica Elisabel Gomes Castro, especialista em programação neurolinguística e inteligência emocional, que atua em Americana.

“A pessoa pode ter muitos pensamentos inconscientes, e o comportamento mostra isso, com insegurança, medo, irritabilidade, fobia social, desencadeados por não acreditar em si”, acrescenta.

Apesar de “passar batida”, segundo a psicanalista, a questão da autoestima está diretamente relacionada ao autocuidado, cuja falta pode afetar a saúde física e emocional.

“Às vezes as pessoas pensam que o autocuidado é academia, alimentação, salão de beleza. Essas coisas são importantes, mas o autocuidado está mais voltado ao autoconhecimento. À medida que eu me conheço, me cuido”, cita a psicanalista clínica.

AMOR PRÓPRIO. “O direito à cirurgia plástica é universal, porque todo mundo tem o direito de ser feliz”, defende o cirurgião plástico Dr. Denis Vincenzi, que atua em Americana, sobre a relação entre os procedimentos de autocuidado e a autoestima.

“A cirurgia plástica não é só prótese, lipo, levantar e puxar, não. Tem um aspecto muito social, em que a gente vai devolver alegria a uma pessoa que passou por um trauma que modificou o seu corpo”, afirma ele, citando pacientes que realizam a reconstrução da mama após um câncer ou episódios de queimaduras, ou a retirada de pele após uma cirurgia bariátrica, por exemplo.

Atualmente as lipoaspirações, a colocação de próteses de mama ou os enxertos de glúteo, e as cirurgias de face estão entre os procedimentos estéticos mais requisitados, segundo cirurgião, e também ajudam os clientes a recuperarem o amor-próprio através da imagem. Contudo, o médico ressalta a necessidade de que se avalie cada caso, evitando metas inalcançáveis, que também prejudicam a autoestima.

“O desejo do paciente e as condições físicas e econômicas podem parecer o suficiente e necessário para uma cirurgia, mas não são. A grande verdade é que tem muito paciente que fantasia e cria imagens que são impossíveis de obter. O cirurgião plástico deve ter o bom senso de diferenciar o que o paciente está fantasiando e o que pode ser real”, afirma.

Cuidar do corpo vai além da estética – é uma questão de saúde física e mental. E apesar de a estética estar cada vez mais avançada, com resultados “inacreditáveis”, o mais importante é estar bem. É o que pensa a fisioterapeuta Sasha Luz, que atua no espaço de Estética Avançada de Tiana Soares, em Americana.

“É prazeroso quando nos olhamos e nos sentimos bem, porém para algumas pessoas podem haver danos gravíssimos quando o contrário acontece, quando a baixa estima toma conta e ela acaba perdendo o prazer em si mesma”, comenta.

A fisioterapeuta defende que “não há padrões de beleza a serem seguidos” e “se você gosta de como está e está bem de saúde, ótimo!”. “Porém, se não gosta do que está vendo e há a necessidade de mudança, ótimo também. Em primeiro lugar, sempre a saúde. Como você está cuidando dela? Está sendo sua prioridade? Um corpo bonito é um corpo bem cuidado, amado e saudável”, finaliza.

As pessoas que parecem pensar e falar mais sobre si do que o usual, costumam ter autoestima alta – Foto: Adobe Stock

ATIVIDADE FÍSICA. Os esportes e artes também contribuem para a autoestima e agregam benefícios para a saúde mental, especialmente a prática de danças.

“Há uma liberação de serotonina grande, a aula passa a ser um momento de relaxamento e concentração na atividade, por prazer. A cabeça está voltada para a música, e o movimento do corpo envolve a emoção e a satisfação de usá-lo de uma maneira saudável”, relata Eliana Favarelli, bailarina e professora de dança da Twist Dança, ressaltando ainda que o fazer artístico possibilita que cada um se sinta importante, à sua maneira.

“Quando realizamos um movimento desafiador acabamos tendo um sentimento de prazer, de se sentir capaz e de elevar a autoestima. 

E isso serve para qualquer pessoa que dance, mesmo sem nenhum contexto profissional”, incentiva.

SEGURANÇA. Com relação ao autocuidado, é necessário ter em mente que ele precisa acompanhar o ritmo de vida de cada um, e pode ser incluído em nossas vidas no dia a dia de diferentes formas. A contratação de seguros é uma atitude que contribui para o cuidado com a saúde e para uma vida mais tranquila, especialmente diante de imprevistos, segundo a corretora de seguros Daniela Basso Naves, da R’Naves Seguros, em Americana. “Dependendo do estilo de vida,a pessoa precisa ter um seguro de vida e de saúde. Uma pessoa agitada pode se esquecer de cuidar do meu próprio bem-estar, mas se ela tem um seguro de saúde, quando um problema aparecer, tudo será muito mais simples”, explica. 

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